Você provavelmente tem herpes, mas não sabe

Segundo a Organização Mundial da Saúde, dois terços da população mundial têm o vírus tipo 1 ou tipo 2

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h33 - Atualizado às 23h55

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Não olhe torto caso algum parceiro ou parceiro diga que tem herpes. Há grandes chances de você também ter esse vírus, que é altamente infeccioso, de acordo com uma estimativa divulgada recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e noticiada no Daily Mail.

A entidade afirma que dois terços da população mundial têm herpes. Mais de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos possuem o vírus tipo 1 (HSV-1), mais associado ao herpes labial. E outras 417 milhões, na faixa dos 17 aos 49 anos, carregam no corpo o vírus tipo 2 (HSV-2), que com frequência provoca feridas nos órgãos genitais.

Vale ressaltar que, embora o HSV-2 seja a causa mais comum de herpes genital, ambos os vírus podem provocar essa doença sexualmente transmissível, como alerta a OMS. Segundo especialistas, isso acontece principalmente nos países mais ricos – é que as taxas na infância diminuíram, devido a hábitos de higiene, mas os jovens tornam-se expostos quando começam a praticar sexo oral.

A maioria dos infectados nunca vai desenvolver qualquer sintoma. O vírus pode ficar latente durante anos e as feridas só vão aparecer se houver uma baixa no sistema imunológico, devido a estresse, infecções ou alterações hormonais.

Claro que a transmissão ocorre com mais facilidade quando a doença está ativa, ou seja, quando há feridas na boca ou nos genitais, ainda que muito discretas. Mesmo assim, há risco de contrair o vírus de alguém que não apresente sinais, por toques, beijos, compartilhamento de batons, escovas de dente, lâminas de barbear, toalhas ou talheres.

O HSV-2 pode aumentar o risco de contrair e transmitir o vírus da Aids. Por isso é importante usar preservativo, mesmo durante o sexo oral, ainda que nem toda a região genital fique protegida. Ainda não existe vacina contra os herpes vírus, nem tratamento definitivo. Apenas o uso de medicamentos para controlar as crises.

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