Pessoas inseguras com o relacionamento têm mais propensão a ouvir toques "fantasmas", segundo pesquisadores
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h36 - Atualizado às 23h55
Você, de vez em quando, acha que seu smartphone está tocando, ou vibrando, só que, quando vai checar, descobre que não estava? Quase todo mundo já passou por isso. Mas, se isso acontece sempre, é possível que você esteja sofrendo de “ansiedade pelo toque do celular”, ou “ringxiety”, termo originalmente criado por um psicólogo norte-americano.
Especialistas acreditam que pessoas inseguras com suas amizades ou relacionamentos têm uma tendência maior a passar por isso. Para os psicólogos, trata-se de mais um transtorno comum a uma geração viciada em tecnologia que busca contato constante e afirmação.
Uma dupla de pesquisadores da Universidade de Michigan comparou a frequência de toques e notificações “fantasmas” em 411 voluntários que sofriam de apego ansioso (preocupação excessiva em ser abandonado ou não correspondido) ou apego evitativo (tendência a evitar intimidade pelo medo de se envolver).
Oito em dez afirmaram ter a experiência de achar que o celular está tocando, ou apitando, e depois ver que não estava. Mas os indivíduos com apego ansioso foram 18% mais propensos a descrever a situação. Segundo os pesquisadores, a ansiedade pelo toque do celular pode ter efeitos sobre a saúde, como estresse, dores de cabeça e distúrbios de sono.
Os resultados foram publicados na revista Cyberspychology, Behaviour and Social Networking, e divulgados no jornal britânico Telegraph.