Segundo estudo, questionar é muito mais eficiente para gerar mudanças de comportamento do que afirmar ou impor
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h35 - Atualizado às 23h55
Segundo uma revisão de estudos feitos nos últimos 40 anos, questionar é muito mais eficaz para gerar mudanças de comportamento do que afirmar ou impor. Isso significa que perguntar a si próprio ou para os outros algo como: “Você vai se exercitar em 2016?” é mais poderoso do que dizer “Eu vou voltar para a academia este ano”.
De acordo com pesquisadores das universidades da Califórnia, de Albany, do Estado de Nova York, de Idaho e do Estado de Washington, nos EUA, o efeito de uma pergunta sobre o comportamento pode durar até seis meses. Eles chegaram à conclusão após analisar mais de 100 estudos. Os resultados foram publicados no Journal of Consumer Psychology.
A ideia é que, ao responder (ainda que só mentalmente) à questões como “Você vai reciclar?”, que exige “sim” ou “não” como resposta, as pessoas lembram que a atitude é importante para preservar ao meio ambiente, e ainda se sentem desconfortáveis com a possibilidade de não adotar o comportamento.
A dica pode valer para outras ações, como estudar mais para as provas, colar menos e – por que não? – fazer sexo com proteção. Os pesquisadores afirmam que a ferramenta é ainda mais útil se a resposta for escrita no papel ou no computador, e se não houver um prazo específico para cumprir a determinação. Mas eles avisam que o efeito pode ser mais fraco se a questão for relativa a vícios, como beber ou fumar.