Por volta de seis meses, a criança descobre que ela e seus pais são independentes. Isso traz o temor de que eles vão sumir, o que pode gerar muito choro e até febre e dores no estômago.
Nos primeiros anos de vida, o conceito de tempo não está formado, a criança não sabe que os pais vão voltar, que ficaram longe por pouco tempo ou que apenas estão em outro cômodo.
Na pandemia, esse comportamento surgiu entre crianças mais velhas, que vêm enfrentando dificuldades em se separar dos pais para voltar às aulas presenciais ou vê-los sair para trabalhar.
Isso ocorre porque as crianças perderam muito contato com amigos e parentes, o que gera muita angústia. Não podem estar com o outro como antes e sabem que há risco de morte.
Psicólogos aconselham a não dizer à criança que é bobagem o que ela está sentindo. Deixe que ela diga como está, pois quando se nomeia a angústia, já é uma ajuda para vencê-la.
Os pais devem se manter calmos ao sair e dizer firme e amorosamente "tchau", dando toda atenção à criança no momento, sem se distrair com celular ou outras tarefas.
Pets trazem muitos benefícios às crianças, como regras de convívio, noções de companheirismo e cuidado com o outro. Eles ajudam muito durante esse período de isolamento.
Se os pais notarem que o comportamento persiste, é preciso procurar um psicólogo. A ansiedade de separação pode ser um fator de risco para outros transtornos, como síndrome do pânico.