O termo "limerência" foi criado nos anos 1970 pela psicóloga norte-americana Dorothy Tennov para descrever um tipo de paixão avassaladora em que a pessoa fica obcecada em ser correspondida.
Segundo a psicóloga, a pessoa com limerência não consegue parar de pensar no objeto de desejo, sonha acordada e não consegue se concentrar.
Qualquer manifestação do ser amado é interpretada como sinal de que o interesse é recíproco (o que nem sempre é verdade). Também há um enorme medo de rejeição e desejo de compromisso.
A pessoa fica nervosa diante do objeto de desejo, e acha que a pessoa é perfeita, mesmo quando os outros chamam atenção para os defeitos dela.
Ao pensar no outro, há uma sensação de êxtase e também uma dor profunda, que pode até se traduzir como dor física (em geral no peito, no fundo da garganta ou na barriga).
Hoje, a limerência é mais referida como um tipo de transtorno obsessivo- compulsivo (TOC) focado em relacionamentos íntimos.
A pessoa com "TOC de relacionamento" tem pensamentos intrusivos e dolorosos (obsessões) sobre o outro e adota comportamentos repetidos (compulsões) para saber se é correspondida.
O quadro pode envolver ciúme exagerado e a invasão da privacidade do outro, o que acaba prejudicando a vida de ambos.