Jairo responde a dúvidas de internautas do UOL sobre masturbação, vício em cocaína e vacina contra o HPV; confira o programa
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h14 - Atualizado às 23h57
“Vejo filmes eróticos quase toda noite e me masturbo de cinco a sete vezes por semana, sou viciado em sexo?” A pergunta, enviada por um internauta do UOL, é respondida pelo médico Jairo Bouer na edição do @saúde desta semana. Segundo Jairo, uma quantidade elevada de masturbações por semana não significa que a pessoa é viciada em sexo. Jairo explica que só a própria pessoa consegue classificar quando um desejo sexual é normal ou excessivo. Segundo ele, a quantidade, neste caso, não é tão importante quanto o impacto da sexualidade no dia a dia. “Tem gente que tem mais desejo e tem gente que tem menos. A melhor pessoa para avaliar se isto te incomoda de alguma maneira é você mesmo. Só pensa em sexo? O sexo atrapalha o trabalho, a interação social, os estudos?”, pondera. Outra internauta conta que está casada com um viciado em cocaína que a agride e fica com grande apetite sexual por causa da droga. Ela o ama, mas não consegue sentir prazer em nenhuma dessas relações. Para Jairo, esta situação é complexa, pois envolve uma pessoa dependente, que sofre de uma doença. “Se ele se recusa a procurar ajuda, ele tem um problema e vocês por tabela também. Você pode gostar dele, mas está infeliz. É preciso conversar diretamente com ele e procurar ajuda juntos com urgência”, afirma. A terceira pergunta é sobre a vacina do HPV oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A pessoa que enviou a pergunta conta que está em dúvida sobre o intervalo da vacinação na rede pública e na privada. É que na rede privada a vacina é aplicada com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira. Já no SUS, a segunda dose é aplicada depois de seis meses da primeira e a terceira só cinco anos depois. Jairo explica que o uso recomendado e mais testado é o da rede privada, mas o esquema de vacinação do sistema público também é eficiente e, do ponto de vista da saúde pública, é possível vacinar mais meninas ao longo do tempo. “Dessa forma, o investimento da vacina fica fragmentado e mantém as boas respostas”, declara. Assista também aos demais programas no UOL Saúde. E se você tem alguma pergunta sobre saúde, sexo ou comportamento, envie para drjairobouer@uol.com.br. Algumas questões serão selecionadas e respondidas nos futuros vídeos. Via UOL Saúde