Sede e perda de peso são sintomas comuns, mas há outros sinais menos conhecidos
Tatiana Pronin Publicado em 26/06/2023, às 14h00
Muita gente que desenvolvem diabetes tipo 2 não têm ideia de que estão doentes até que um exame de sangue de rotina mostre níveis anormais de açúcar no sangue, ou até que a doença progrida e complicações comecem a surgir. Isso porque, na maior parte das vezes, o diabetes é silencioso e insidioso, e as pessoas não apresentam sintomas no início.
Alguns dos primeiros sintomas do diabetes são bem conhecidos: sede constante, micção excessiva ou ganho ou perda repentina de peso, por exemplo. Outros, como os que listamos abaixo, nem sempre são associados à condição, mas devem ser relatadas para o médico:
A periodontite – também conhecida como doença gengival – pode ser um sinal precoce de diabetes tipo 2, de acordo com uma nova pesquisa publicada na revista BMJ Open Diabetes Research & Care. O estudo descobriu que pessoas com doenças gengivais, especialmente aquelas com casos graves, tinham taxas mais altas de diabetes e pré-diabetes. A conexão entre as condições provavelmente é os altos níveis de inflamação.
Algumas pessoas podem notar o surgimento de manchas escuras na nuca. Isso é chamado de acantose nigricante e geralmente é um sinal de resistência à insulina – uma perda de sensibilidade ao hormônio que o corpo usa para regular a glicose –, e que pode levar ao diabetes. Em casos raros, a acantose nigricante também pode ser causada por cistos ovarianos, distúrbios hormonais ou da tireoide, entre outras doenças. Certos medicamentos e suplementos, incluindo pílulas anticoncepcionais e corticosteroides, também podem ser os responsáveis.
Cerca de 10% a 20% das pessoas que são diagnosticadas com diabetes já apresentam algum dano nervoso relacionado à doença. Nos estágios iniciais, isso pode ser quase imperceptível. Você pode sentir um formigamento nos pés, ou ter diminuição da sensibilidade ou do equilíbrio.
Um dos sintomas mais comum do diabetes é a visão turva. O excesso de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino (lente do olho), o que faz mudar a sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco. Quando o diabetes está controlado, a visão volta ao normal. Da mesma forma, o açúcar elevado no sangue também pode afetar as células nervosas do ouvido e prejudicar a audição.
Uma revisão científica indica que pessoas que cochilam durante o dia por mais de uma hora têm 45% mais probabilidade de ter diabetes tipo 2, em comparação com aquelas que cochilam menos ou não cochilam. Segundo os autores do estudo, a necessidade de dormir durante o dia pode ser apenas uma consequência da insônia, algo comum na população. Mas vale destacar que a privação de sono, a depressão ou a apneia do sono são condições associadas a um risco aumentado de diabetes.
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