Redação Publicado em 08/10/2022, às 10h00
“Doutor, tivemos relação no último dia da menstruação dela, a camisinha saiu durante o ato, mas não ejaculei. Ela deve tomar a pílula do dia seguinte? Ela já usou duas vezes esse ano”
Se a mulher estava no último dia de menstruação, isso significa que ela não estava no período fértil e, consequentemente, não precisaria tomar a pílula do dia seguinte. Além disso, o homem não ejaculou, o que reduz e muito o risco de uma gravidez indesejada.
É importante ressaltar que, como a mulher tomou a pílula do dia seguinte duas vezes no ano, e acidentes parecem estar acontecendo frequentemente, a recomendação é procurar um ginecologista para discutir o uso de um método contraceptivo mais regular e seguro, como a pílula anticoncepcional.
A pílula do dia seguinte é um método de emergência para evitar uma gravidez indesejada em casos de esquecimento ou falha do método contraceptivo convencional. É um recurso importante para situações em que a camisinha estourou, a mulher esqueceu de tomar o anticoncepcional, fez sexo desprotegido ou mesmo em casos de violência sexual.
Entretanto, seu uso deve ser exceção e nunca regra. A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar efeitos colaterais, como irregularidade menstrual.
O recomendado é que a pílula seja usada apenas uma ou duas vezes no ano, no máximo. Se tomada mensalmente, ela aumenta o risco de problemas, trazendo uma chance mais alta de câncer – se a mulher já tiver essa predisposição –, ou risco maior de trombose.
Confira:
Alguns métodos anticoncepcionais hormonais comuns são:
A diferença entre todos esses métodos é a durabilidade. Os implantes subcutâneos, por exemplo, duram em média de três a quatro anos. Tudo depende de como a mulher se adapta e com qual ela se sente mais confortável. As adolescentes geralmente se queixam da pílula anticoncepcional porque é necessário lembrar de tomar direitinho, apesar de hoje existirem diversos aplicativos e recursos para ajudar nessa tarefa.
De qualquer forma, vale discutir com um ginecologista qual a opção que se encaixa melhor como estratégia de prevenção para cada mulher.