Redação Publicado em 26/08/2022, às 09h00
“Doutor, cigarro eletrônico faz mal mesmo ou é papo?”
Sim, o cigarro eletrônico faz mal. Para quem não conhece, esse tipo de cigarro também é conhecido como “vape” ou “pod” e é, basicamente, um dispositivo eletrônico para fumar. Desde 2009, a comercialização deste tipo de produto é proibida no Brasil.
Muitos jovens, especialmente, enxergam no cigarro eletrônico uma alternativa mais segura quando comparada ao modelo tradicional, o que não é verdade. Eles não são mais saudáveis e vários estudos já mostraram isso. A maior parte apresenta nicotina, substância que pode provocar a dependência.
Pessoas que enfrentam problemas respiratórios, como doença pulmonar obstrutiva crônica, não podem usar os cigarros eletrônicos porque podem agravar o quadro. Além de existirem ainda condições pulmonares específicas provocadas pelo consumo deste produto.
Assim, apesar de ser fácil ter acesso aos vapes mesmo com a proibição, o ideal é não utilizar nenhuma forma de nicotina, nem o tradicional cigarro e nem o eletrônico.
Confira:
Apesar das alegações de que os cigarros eletrônicos oferecem menos riscos do que fumar cigarros convencionais e que são ferramentas capazes de ajudar fumantes a interromperem esse hábito, é preciso estar ciente de algumas questões:
Seja em cigarros ou em vapes, a nicotina é altamente viciante e a quantidade de nicotina em alguns produtos vaping é muito maior do que em cigarros comuns. Entre os efeitos colaterais estão a redução do apetite, o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, náusea e diarreia.
Vapores de cigarros eletrônicos podem conter toxinas causadores de câncer, metais e irritantes pulmonares. O vaping aumenta o risco de doenças pulmonares, como enfisema, asma, bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Além disso, o cigarro eletrônico também está ligado a um aumento do risco de ataques cardíacos e, mesmo a exposição indireta a vapores, pode desencadear asma.
Em 2019, médicos começaram a observar pessoas que usavam vaping e desenvolveram falta de ar, tosse, febre e extensos danos pulmonares. Apelidada de EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos ou vaping), foram notificados mais de 2.800 casos e 68 mortes. A condição tem sido ligada a vapores contendo THC e uma forma de vitamina E (chamada acetato de vitamina E) usada como um agente de espessamento ao vaping THC.
A nicotina pode danificar o cérebro e os pulmões em desenvolvimento de um bebê e alguns aromatizantes podem ser prejudiciais também. Como resultado, especialistas recomendam que as pessoas que estão grávidas não usem nenhum tipo de cigarro, inclusive o eletrônico.