Demos uns amassos de cueca e ele ejaculou; tem risco de HIV?

Seguidor conta que o esperma chegou a atravessar a peça de roupa, mas ele logo limpou o local

Redação Publicado em 24/05/2022, às 09h00

Segundo a UNAIDS, 38 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV - iStock

“Doutor, sou um garoto e, recentemente, me encontrei com outro menino e ficamos só nos amassos de cueca. Ele acabou ejaculando de modo que um pouco de esperma pode ter atravessado a minha cueca. Lavei imediatamente a região, passei papel e sabão líquido. Fiquei com medo do esperma ter atingido a glande ou a região do ânus, por exemplo. Teria risco de HIV?”

Não existe risco de contrair o HIV nessa situação. As chances de ocorrer uma transmissão do vírus causador da Aids estão na relação sexual com penetração e sem proteção ou, então, de mãe para filho: se ela não estiver tratada, pode transmitir para o bebê durante a gestação, na hora do parto ou na amamentação.

Além disso, o risco também existe no compartilhamento de seringas e de agulhas, por exemplo, para o uso de drogas endovenosas. Essas são as principais formas de transmissão do HIV. Assim, encostar ou, eventualmente, entrar em contato com o esperma na pele, nada disso oferece risco de contaminação. 

Se, no futuro, o casal for fazer algum tipo de penetração, é fundamental utilizar camisinha desde o início da relação sexual ou discutir outros métodos de prevenção com um profissional de saúde.    

Quais as outras formas de prevenção?

Existem várias formas de prevenção contra o HIV. Os preservativos, tanto o peniano quanto o vaginal, desempenham papel importante na prevenção não apenas desse vírus, mas também inúmeras outras ISTs. Mas também há outros recursos importantíssimos, como a PrEP e a PEP.

PrEP – Profilaxia Pré-Exposição

PrEP é um medicamento antirretroviral tomado diariamente que impede a infecção pelo vírus HIV. É uma combinação de antirretrovirais que tem o intuito de criar uma espécie de blindagem no organismo de uma pessoa que venha a entrar em contato com o vírus.

Se isso ocorrer, a infecção não acontece, porque a PrEP está circulando no sangue, o que explica o motivo de ser uma medida profilática pré-exposição. Porém, nem todas as pessoas podem tomar os comprimidos que compõem a PrEP, mas sim:

Confira:

PEP – Profilaxia Pós Exposição

É como se fosse uma pílula do dia seguinte. Uma pessoa que se expôs ao vírus HIV, seja através de relação sexual desprotegida ou até de acidente ocupacional contendo sangue, pode procurar o serviço especializado e solicitar os medicamentos que compõem o esquema da PEP. Resumindo: a PEP é indicada para qualquer pessoa que se expôs ao risco de contrair HIV.

Porém, é importante frisar: você tem até 72 horas após a exposição para iniciar o tratamento pós-exposição e os medicamentos devem ser tomados durante 28 dias.

Aids HIV tira dúvidas

Leia também

Os relacionamentos amorosos e o HIV


Quanto tempo depois da situação de risco o HIV pode ser detectado?


7 dicas para não errar na hora de usar camisinha


HIV: 50% dos casos atingem jovens entre 20 e 34 anos