Doutor Jairo
Ouça » Dúvida

Ele quer um relacionamento aberto e eu não; o que fazer?

Em qualquer tipo de relacionamento, a possessividade e o ciúmes excessivo podem ser prejudiciais - iStock
Em qualquer tipo de relacionamento, a possessividade e o ciúmes excessivo podem ser prejudiciais - iStock

Redação Publicado em 06/07/2022, às 09h00

“Doutor, meu parceiro quer abrir a nossa relação, mas eu não. E se ele for buscar as histórias fora do nosso relacionamento, como eu fico?”

Em um relacionamento, o mais importante é o que está combinado e o que é bom para os dois. Não vale atender a um desejo de uma das partes e deixar a outra desconfortável, angustiada, em conflito ou infeliz. 

Assim, o ideal é que o casal discuta sobre tudo para que a qualidade da relação seja boa. Se o parceiro tem alguma fantasia ou fetiche que a parceria não curte, compartilha ou fica à vontade, existe apenas uma forma de resolver: alguém precisa rever a sua posição.

É essencial que o casal dialogue sobre o que está acontecendo, que a parceria exponha as preocupações, incertezas e angústias para que, juntos, possam descobrir a melhor forma de manter a qualidade do relacionamento.

Caso você não compartilhe uma fantasia e a outra pessoa procure fora da relação, nesse caso, uma regra importante de lealdade que foi estabelecida não está sendo cumprida, o que pode prejudicar a vida a dois. 

Como lidar com a possessividade?

Para muitas pessoas, o problema de relações abertas está na ideia de ver a parceria com outra pessoa. Contudo, não apenas em relacionamentos abertos, mas, de forma geral, a possessividade e o ciúme excessivo podem acabar com o casal.

O ideal é respeitar a individualidade do próximo. Esse é um dos pontos mais importantes para se manter a qualidade afetiva e emocional do relacionamento. E, se no futuro, o casal achar uma boa ideia sair com outras pessoas, ótimo. Mas se não conseguir concordar com isso, é completamente aceitável também.

Confira:

O importante é entender que ninguém é propriedade de ninguém e, portanto, cobranças exageradas e fiscalizações à vida alheia podem atrapalhar.

Vale também ficar com as antenas ligadas para relações abusivas, em que a pessoa quer ter o controle, dominar, definir o que você vai fazer, escolher as suas amizades, entre outras atitudes. 

Dá para superar uma traição?

Falar sobre traição é um assunto difícil e que não tem fórmula pronta. Isso porque depende muito do motivo da traição, da situação e do momento em que o casal estava no relacionamento. 

A grande questão é que, muitas vezes, o casal passa por cima da traição, segue com o relacionamento fingindo que está tudo sob controle, mas um continua penalizando o outro por conta dessa situação. Nesses casos, a confiança – considerada uma das coisas mais importantes para se manter um relacionamento – acaba se perdendo no meio do caminho.  

Se o relacionamento é aberto, a entrada de outras pessoas na relação já é algo acordado entre os dois. Em contrapartida, em um relacionamento fechado, a traição vem acompanhada da quebra dessa confiança que, consequentemente, acaba deixando alguns casais com uma relação instável, já que o combinado foi rompido por uma das partes. 

Em resumo, é preciso entender o que aconteceu, avaliar o impacto e saber se existe a vontade de superar essa situação para seguir em frente ou, até mesmo, perceber que não vai ser possível lidar com isso de jeito nenhum - e que é melhor não continuar adiante.

De qualquer forma, é importante lembrar que esse é um assunto muito pessoal, em que cada cenário é único e tudo isso deve ser levado em consideração na hora de tomar uma decisão sobre o rumo do relacionamento.