Doutor Jairo
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Existe alguma forma de clarear as partes íntimas?

Cada vagina é única e não existe uma regra para a aparência ou para a coloração dos seus lábios - iStock
Cada vagina é única e não existe uma regra para a aparência ou para a coloração dos seus lábios - iStock

Redação Publicado em 12/11/2021, às 09h00

“Doutor, tenho a vagina e o ânus mais escuros que a minha pele e não me sinto confortável com isso. O que eu faço para clarear?”

Nesse caso, a primeira questão é a seguinte: é muito comum que a vagina, o ânus e, até mesmo, o pênis, tenham uma coloração mais escura que a da pele da pessoa. Isso é absolutamente normal e acontece com muita gente.

Portanto, será que vale procurar pelas promessas de clareamento para essas áreas do corpoou é melhor tentar entender e lidar com essas características?

Procure ajuda especializada

Caso a pessoa realmente opte por algum método de clareamento, o ideal é consultar um dermatologista e usar práticas recomendadas pelas sociedades médicas. Afinal, tem muita promessa por aí que traz mais prejuízos do que benefícios.

Confira:

Mas, antes de tudo, é importante refletir se a melhor escolha não é tentar aprender a lidar com essa diferença de tonalidade e suas características em vez de partir diretamente para um procedimento estético.

Viva a diversidade

A vulva –  a parte externa do órgão genital feminino – muda com o tempo e com as fases da vida. A vulva de uma adolescente é diferente da de uma mulher jovem e esta, por sua vez, é bastante distinta da de uma mulher na fase do climatério ou na terceira idade. Além disso, a maneira como a pessoa vê a sua vulva também muda ao longo dos anos. 

Um escultor britânico chocou o mundo em 2011 ao apresentar seu trabalho “The Great Wall of Vagina” – O Grande Muro da Vagina – que traz 400 vulvas diferentes. A obra demorou cinco anos para ficar pronta e foi feita através de moldes plásticos de vulvas de mulheres entre 18 e 76 anos com as mais variadas vivências: jovens, velhas, gêmeas, mulheres que pariram e outras que não eram mães. Com base nesse trabalho, é possível refletir sobre as diferenças de nossos corpos.