Seguidora conta que sua ginecologista recomendou o uso dos lubrificantes à base de água nas relações sexuais
Redação Publicado em 15/07/2022, às 09h00
“Doutor, sou jovem, mas minha ginecologista falou para eu usar lubrificante à base de água nas minhas relações sexuais. Por que?”
Possivelmente essa recomendação seja reflexo de alguma dificuldade da menina durante a relação sexual. Tensão e ansiedade, por exemplo, podem complicar a dilatação e a lubrificação adequada da vagina, o que leva a um sexo mais incômodo e desconfortável.
Assim, o uso de lubrificantes à base de água – tipo mais aconselhável para o uso no sexo vaginal e anal – é aconselhável por facilitar a penetração, ajudando a garota a relaxar, a sentir menos desconforto e a ter um sexo mais prazeroso.
Os lubrificantes são importantes aliados da saúde e do prazer em diferentes situações ou faixas etárias, porém, o assunto é cercado por dúvidas. Conheça os principais mitos sobre o produto:
1. Lubrificante íntimo só serve para quem sofre com ressecamento vaginal.
Nada disso. Mesmo quem não tem problema algum pode se excitar mais com uma lubrificação extra, inclusive durante as preliminares e no uso de brinquedos sexuais. Um estudo feito pela Universidade de Indiana, nos EUA, com 2.453 mulheres de 18 a 68 anos mostrou que, em mais de 70% das ocasiões, elas julgaram que o produto trouxe mais prazer. E não só no sexo, mas também na masturbação.
2. No período menstrual o lubrificante não é necessário.
O sangue menstrual não é lubrificante, muito pelo contrário. Por isso, durante a menstruação, a probabilidade de agressão à mucosa vaginal durante as relações aumenta. Vale lembrar que os lubrificantes íntimos também podem ser importantes aliados na colocação de tampões, discos ou copos menstruais, esses últimos uma tendência em alta.
Confira:
3. A lubrificação natural se altera apenas no climatério.
Isso também é um mito. O incômodo pelo ressecamento vaginal não aparece só perto da menopausa ou depois dela, mas também logo após o parto, na amamentação e durante tratamentos como o do câncer de mama e da acne (com uso de isotretinoína, que resseca a pele e as mucosas). Até mesmo alguns tipos anticoncepcionais hormonais podem afetar a lubrificação.
4. Precisar do lubrificante significa que o estímulo não foi suficiente.
Esse é um dos mitos mais comuns! A resposta sexual feminina é diferente da masculina e uma mulher pode ter períodos de maior ou de menor lubrificação durante a mesma relação sexual. Se em determinado momento ela sentir algum desconforto, isso não significa que a parceria não foi capaz de excitá-la o suficiente. Alguns homens ou mulheres podem ficar sem graça de trazer o produto para a cama por causa disso, mas não há nada que um pouco de intimidade não resolva. Para muita gente, o uso do lubrificante até funciona como uma brincadeira sexual.
5. Qualquer tipo de lubrificante é válido para o sexo.
Os produtos devem ser à base de água para que não haja risco de o produto danificar o preservativo, algo que pode acontecer quando se usa algum óleo natural ou vaselina. Hoje também há lubrificantes siliconados que não prejudicam o material da camisinha, por isso vale checar a embalagem. Também é possível experimentar versões com efeito quente ou gelado para ter mais prazer ou sair da rotina. Por último, não custa avisar: saliva não funciona como lubrificante.
14 coisas que toda mulher precisa saber sobre sexo oral
Orgasmo: dá para “chegar lá” usando apenas o poder da mente?
Tenho excesso de lubrificação; o que posso fazer?
Dispareunia: quando o sexo dá mais dor do que prazer