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Lubrificante: só pode usar no sexo anal?

Até mulheres que não sofrem com ressecamento vaginal podem ter mais prazer com o uso do lubrificante - iStock
Até mulheres que não sofrem com ressecamento vaginal podem ter mais prazer com o uso do lubrificante - iStock

Redação Publicado em 02/07/2022, às 10h00

“Doutor, lubrificante serve só para o sexo anal ou pode ser usado no sexo vaginal também?”

O lubrificante pode perfeitamente ser utilizado em ambos os casos. Esse tipo de produto é composto por substâncias à base de água e tem o objetivo de facilitar a penetração. Ou seja, algo que pode acontecer tanto no sexo anal como no vaginal.

Algumas mulheres têm facilidade na lubrificação natural, uma das respostas do corpo ao estímulo sexual durante a relação para que, junto com a dilatação da vagina, facilite a penetração. Para elas, esse tipo de lubrificação é suficiente para que a transa seja confortável e prazerosa.

Em contrapartida, para outras não é bem assim. Às vezes, por estarem tensas, preocupadas, ou inseguras, por exemplo, podem ter a lubrificação afetada, tornando mais difícil fazer sexo.

Com isso, dores e desconfortos podem surgir. Assim, é sempre uma boa ideia, nesses casos, recorrer aos lubrificantes à base de água que podem facilitar – e muito – a penetração.

Mitos sobre os lubrificantes 

Os lubrificantes são importantes aliados da saúde e do prazer em diferentes situações ou faixas etárias, porém, ainda é um assunto cercado por dúvidas. Conheça os principais mitos sobre esse produto:

1. Lubrificante íntimo só serve para quem sofre com ressecamento vaginal.

Nada disso. Mesmo quem não tem problema algum pode se excitar mais com uma lubrificação extra, inclusive durante as preliminares e no uso de brinquedos sexuais. Um estudo feito pela Universidade de Indiana, nos EUA, com 2.453 mulheres de 18 a 68 anos de idade mostrou que, em mais de 70% das ocasiões, elas julgaram que o produto trouxe mais prazer. E não só no sexo, mas também na masturbação. 

2. No período menstrual o lubrificante não é necessário. 

O sangue menstrual não é lubrificante, muito pelo contrário. Por isso, durante a menstruação, a probabilidade de agressão à mucosa vaginal durante as relações aumenta. Vale lembrar que os lubrificantes íntimos também podem ser importantes aliados na colocação de tampões, discos ou copos menstruais, esses últimos uma tendência em alta.

Confira:

3. A lubrificação natural se altera apenas no climatério.

Isso também é um mito. O incômodo pelo ressecamento vaginal não aparece só perto da menopausa ou depois dela, mas também logo após o parto, na amamentação e durante tratamentos como o do câncer de mama e da acne (com uso de isotretinoína, que resseca a pele e as mucosas), entre outras condições. Até mesmo alguns tipos anticoncepcionais hormonais podem afetar a lubrificação em certas usuárias.

4. Precisar do lubrificante significa que o estímulo não foi suficiente.

Esse é um dos mitos mais comuns! A resposta sexual feminina é diferente da masculina e uma mulher pode ter períodos de maior ou de menor lubrificação durante a mesma relação sexual. Se em determinado momento ela sentir algum desconforto, isso não significa que a parceria não foi capaz de excitá-la o suficiente. Alguns homens ou mulheres podem ficar sem graça de trazer o produto para a cama por causa disso, mas não há nada que um pouco de intimidade não resolva. Para muita gente, o uso do lubrificante até funciona como uma brincadeira sexual.

5. Qualquer tipo de lubrificante é válido para o sexo.

Os produtos devem ser à base de água para que não haja risco de o produto danificar o preservativo, algo que pode acontecer quando se usa algum óleo natural ou vaselina. Hoje também há lubrificantes siliconados que não prejudicam o material da camisinha, por isso vale checar a embalagem. Também é possível experimentar versões com efeito quente ou gelado para ter mais prazer ou sair da rotina. Por último, não custa avisar: saliva não funciona como lubrificante.