Seguidor conta que a condição limita muito a vida do amigo e ele se recusa a tomar remédio
Redação Publicado em 27/04/2022, às 09h00
“Doutor, tenho um amigo com claustrofobia que limita muito a vida dele, mas ele se recusa a tomar remédio. Tem alternativa?”
Para quem não sabe, a claustrofobia é caracterizada por um medo muito intenso de ficar em ambientes pequenos e/ou fechados. Pessoas que sofrem com a condição tendem a ficar nervosas quando estão em lugares apertados, como elevador, sala lotada, metrô, ônibus, sala de cinema e por aí vai.
Alguns indivíduos apresentam os sintomas em todos os tipos de áreas fechadas, enquanto outros só percebem o problema quando estão em espaços específicos, como dentro de uma máquina de ressonância magnética.
A intensidade dos sintomas varia, podendo ir desde um leve nervosismo até um ataque de pânico. Em casos mais graves, a claustrofobia impede a pessoa de ter uma vida normal.
Entre os principais sintomas estão:
A claustrofobia pode ser influenciada pela cultura e desencadeada por uma série de eventos na vida, como bullying ou algum tipo de abuso. Além disso, pessoas com familiares diagnosticados com outros tipos de fobia têm mais chance de desenvolver a condição.
Não necessariamente. Muitas pessoas melhoram um quadro de claustrofobia apenas através de sessões de terapia – por exemplo, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) – para aprenderem a lidar melhor com o medo e a ansiedade. Na dúvida, vale buscar ajuda médica para conhecer as diferentes formas de tratamento.
Confira:
A cognição é a nossa capacidade de processar informações e transformá-las em aprendizado. Isso envolve emoções, capacidade de compreensão, raciocínio e memória, entre outras coisas.
Assim, a TCC é uma linha de terapia que tem como objetivo ajudar a pessoa a identificar as próprias crenças e padrões de pensamento automáticos que levam a comportamentos considerados disfuncionais (que trazem danos à pessoa). A partir dessa consciência, a pessoa aprende a questionar e a modificar esses padrões.
É comum sentirmos necessidade de consultar um especialista, alguém “de fora” e que tenha uma visão neutra para ajudar com alguma dificuldade. Muitos já experimentaram essa vontade de querer terapia “na veia” o mais rápido possível e em grandes quantidades.
Há algumas décadas existia um enorme preconceito em relação à terapia e era comum escutar as seguintes frases: “Terapia é coisa de louco”, “Só para quem não consegue resolver a vida sozinho”, “Terapia é coisa para fracos” ou “Terapia é mimimi”.
Hoje, fica cada vez mais claro que ter acesso a um psicólogo é essencial para o processo de autoconhecimento e para lidar melhor com limitações, dificuldades e problemas.
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