Seguidora quer saber se passar muito tempo jogando pode levar a uma dependência
Redação Publicado em 29/07/2022, às 09h00
“Doutor, meu filho joga demais no celular. Será que ele é viciado?”
Uma preocupação frequente dos pais é que seus filhos desenvolvam uma dependência aos jogos, situação que recebeu o nome de “Gaming disorder”. É cada vez mais comum que as pessoas gostem de passar o tempo jogando, mas isso não significa que elas necessariamente sejam portadoras de algum tipo de transtorno ou "vício".
“Gaming disorder”, ou Transtorno dos Jogos Eletrônicos, é definido como um padrão de dependência que afeta pessoas que ficam muito tempo on-line, principalmente jogando.
Desde janeiro de 2022, a condição passou a ser classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma nova categoria de diagnóstico na 11ª edição do documento International Classification of Diseases – conhecido em português como Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde ou pela sigla CID11.
Confira:
Para fechar o diagnóstico, o indivíduo precisa enfrentar a questão do jogo excessivo por, pelo menos, 12 meses, além do padrão de uso de jogo estar interferindo em outras áreas da vida, como em qualquer outra dependência, causando: prejuízos no trabalho, na escola, na alimentação, no sono, nas relações sociais e afetivas e na qualidade de vida. Ou seja, a pessoa deixa de fazer outras coisas por causa do jogo.
Quando não joga, a pessoa pode apresentar alteração de comportamento devido à abstinência, podendo sentir-se mal, ansiosa, tensa, mal humorada e agressiva, por exemplo. São esses sinais que indicam um quadro de dependência, de exagero e de descontrole do impulso, que resulta em uma pessoa jogando mais do que deveria.
Se os pais acreditam que seus filhos estão “perdendo a mão” ou exagerando no tempo de jogar, talvez seja uma boa ideia consultar um especialista.
Diminuir exposição às telas eleva status de felicidade em crianças
7 dicas para diminuir o tempo de tela das crianças
Miopia está cada vez mais comum e pandemia só agrava a tendência
Jogos na internet viciam, mas menos do que os de azar, segundo estudo