Redação Publicado em 23/03/2022, às 09h00
“Doutor, meu filho nasceu sem os dois testículos e ele já tem 18 anos, o que fazer?”
Nascer sem os dois testículos é uma condição bastante incomum e rara. O que pode ter acontecido é que os testículos foram formados, estavam na cavidade abdominal, mas acabaram não descendo para a bolsa escrotal.
Em casos assim, é muito importante que um médico seja consultado para fazer um exame, procurar esses testículos e, o mais cedo possível, removê-los ou fazê-los retornar à bolsa escrotal caso esse processo ainda seja viável.
Aos 18 anos, se o homem nasceu sem os dois testículos, ele pode encontrar uma dificuldade adicional: a falta do hormônio masculino, conhecido como testosterona. Com isso, muitas vezes, ele não passa por transformações que normalmente acontecem naqueles que nasceram com os testículos.
Portanto, é essencial buscar ajuda médica, de preferência de um urologista ou de um endocrinologista para que possa ser feita a avaliação adequada, a solicitação de exames e, caso necessário, uma intervenção cirúrgica. É possível também que o especialista oriente para uma reposição hormonal.
Confira:
Muitos garotos se assustam ao notar um testículo mais baixo do que o outro. No entanto, isso é normal. Geralmente, o esquerdo fica mais baixo do que o direito.
Para entender melhor, vamos à anatomia: os dois são sustentados por cordões formados por vasos sanguíneos, nervos e músculos. O que acontece é que o cordão do lado esquerdo é mais baixo do que o direito pela forma com que os vasos sanguíneos dessa região se ligam aos vasos maiores do corpo.
Vale ressaltar que o saco escrotal, onde ficam localizados os testículos, tem uma série de músculos que podem aproximá-los ou afastá-los do corpo para fazer um controle de temperatura. Apenas é possível perceber uma leve diferença de altura quando os músculos estão relaxados.
Os garotos devem ficar preocupados caso os testículos comecem a crescer de uma hora para outra ou se houver dor e desconforto. Isso pode indicar uma torção testicular, infecção ou até tumor. Nesses casos, o mais indicado é procurar um médico, de preferência um urologista, para avaliação.