Redação Publicado em 06/10/2021, às 09h00
"Doutor, o álcool pode aumentar o risco de algum tipo de doença além das questões de saúde mental?”
Essa é uma pergunta muito boa. Sabemos que, além dos impactos no comportamento e para a saúde mental, principalmente para pessoas que bebem muito e de uma forma nociva, o excesso de álcool também pode trazer prejuízos para o organismo.
Pessoas que consomem bebidas alcoólicas exageradamente podem apresentar problemas com, por exemplo, a mucosa do êsofago e do estômago e terem um impacto maior no fígado, já que ele precisa trabalhar muito mais para metabolizar o álcool. Também já se sabe que o excesso de bebida pode fazer mal para o coração e facilitar o aparecimento de diversos tipos de câncer.
Por isso, é sempre válido enfatizar a importância de beber com responsabilidade, com segurança e evitar o consumo nocivo e exagerado, que é prejudicial tanto para a saúde física como para a mental.
Confira:
No Brasil, não existe um conceito de dose padrão, mas uma porção padrão, para efeito de rotulagem nutricional aceita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é de 10 gramas de álcool puro (que podem estar em uma latinha de cerveja de 330 ml, num cálice de vinho de 100 ml ou, ainda, em uma dose de destilado de 30 ml).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda diz que para estar dentro de um padrão de consumo moderado, a ingestão de álcool não deve acontecer de forma diária e, sim, com pelo menos dois dias sem beber na semana. Também é central lembrar que algumas situações, como ter menos de 18 anos, estar grávida, usar outros medicamentos com efeito no sistema nervoso central e conduzir um carro não admitem consumo moderado. Nesses casos, beber álcool não deve acontecer em nenhuma hipótese.