“Doutor, está chegando o calor. Por que os mosquitos me amam?”
Com a chegada do calor na maior parte do país, aumentam as populações de diversos tipos de mosquito - e eles realmente parecem ter predileção por algumas pessoas. Normalmente, são as fêmeas de algumas espécies que picam os humanos como uma fonte de proteína para os seus ovos.
Esse animal detecta o gás carbônico liberado pela pele e algumas pessoas liberam uma quantidade maior. Por isso, por exemplo, depois de malhar, é uma boa ideia tomar banho, o que leva os mosquitos a picarem menos.
Outro fator que pode influenciar são as bactérias. Segundo algumas pesquisas, aqueles indivíduos que apresentam uma menor diversidade microbiana são menos atraentes para os mosquitos e, consequentemente, recebem menos picadas.
Além disso, aparentemente o tipo sanguíneo é um ponto importante. Pessoas com tipo A são menos desejadas, e aquelas com o tipo O parecem ser as mais amadas pelos mosquitos.
A coceira acontece porque, ao picar, o inseto suga o sangue e acaba injetando uma pequena quantidade de saliva, que contém anticoagulantes e enzimas que o ajudam a extrair o sangue com mais facilidade. Dessa forma, o sistema imunológico “combate” essa saliva injetada pela picada, levando o organismo a produzir anticorpos. Essa resposta do corpo leva à produção e à liberação de histamina, substância responsável por desencadear uma reação inflamatória.
O lugar onde ocorre a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos adjacentes é chamado de capilares, que ficam mais permeáveis com esse processo e fazem com que os vasos sanguíneos localizados mais próximos da região afetada fiquem inchados, o que resulta na picada rosada e irritada que causa a coceira.
Confira:
Conheça alguns cuidados que podem ajudar a evitar as temidas picadas de pernilongo:
Manter janelas e portas cobertas com telas é uma boa alternativa para evitar que o mosquito entre no interior dos ambientes, além de manter o local com a luz natural e ventilado.
Ter plantas em casa é benéfico por elas ajudarem na purificação do ar, mas é preciso ter certos cuidados. É importante deixar o solo úmido, mas sem que a água se acumule, para evitar a proliferação dos mosquitos, principalmente do Aedes Aegypti, que transmite a dengue.
Os repelentes são outra boa opção, pois ajudam a “afugentar” os pernilongos e outros insetos. Repelentes naturais, como as velas de citronela, limão com cravo ou plantas como alecrim e gerânio podem ser adotados. Também é válido comprar os de farmácia ou eletrônicos para utilizar nas tomadas de casa.
O ventilador também ajuda a manter o pernilongo longe, já que com a força do vento ele não consegue voar. Além disso, também diminuiu o cheiro de gás carbônico liberado pela respiração e pelo suor.
Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez