Sintomas ligados à menopausa podem começar até 8 anos antes

Conheça queixas comuns nessa fase conhecida como "perimenopausa"

Dr. Jairo Bouer Publicado em 19/06/2023, às 14h00

Além da irregularidade menstrual, é comum surgirem sintomas como dores de cabeça e alterações de humor - iStock

Você sabe o que é perimenopausa? É uma fase de transição vivenciada entre a idade fértil e a menopausa, ou seja, a interrupção completa da menstruação. Esse período pode durar de quatro a oito anos, segundo a Sociedade Norte-Americana para estudo da Menopausa (Nams, na sigla em inglês). E pode trazer sintomas leves, moderados ou intensos, o que varia para cada pessoa. 

Irregularidade menstrual é uma das queixas mais comuns desse período de transição, e ocorre porque a ovulação se torna irregular. Conforme há uma redução gradual nos níveis de estrogênio e progesterona, os ciclos menstruais podem ficar mais curtos ou mais longos, ou irregulares. 

Mas é importante lembrar que, enquanto a menopausa não for confirmada, o que só acontece após 12 meses sem menstruar, existe risco de ovulação e, portanto, risco de gravidez.  Assim, é importante conversar com o ginecologista sobre métodos contraceptivos. Vale lembrar que hoje existem produtos hormonais que podem auxiliar as mulheres também nessa fase, desde que não haja contraindicações, e ainda contribuir para o controle de algumas queixas comuns nesse período. 

Sintomas da perimenopausa

Eles podem variar muito para cada pessoa, e também em intensidade e duração. Veja alguns dos mais comuns:

Como lidar? 

Não existe um exame capaz de indicar que uma mulher está na perimenopausa. Por isso não é fácil fazer esse diagnóstico. Em geral, isso é feito com análise do histórico médico, idade e um exame físico. Em alguns casos, o médico pode pedir alguns exames de sangue para medir níveis hormonais e descartar outras causas. 

Dependendo dos sintomas e do impacto que eles causam na vida da pessoa, é possível a indicação de terapia hormonal, com estrogênio e progestágenos, e/ou outros medicamentos, como antidepressivos.

Mudanças no estilo de vida também são bem-vindas e, muitas vezes, necessárias, como a adoção de uma dieta mais saudável, prática regular de exercícios físicos e uso de suplementos alimentares, quando alguma deficiência de vitaminas ou minerais é identificada. Para quem sofre de ondas de calor, é recomendável prestar atenção em possíveis gatilhos, como consumo de café ou álcool, e evitá-los, bem como praticar a higiene do sono e dormir em ambientes ventilados para lidar melhor com eventuais suores noturnos. 

 

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