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Tenho adenomiose; posso engravidar?

Apesar de a adenomiose dificultar uma gravidez, ela não funciona como método contraceptivo - iStock
Apesar de a adenomiose dificultar uma gravidez, ela não funciona como método contraceptivo - iStock

“Doutor, quais as chances de engravidar tendo adenomiose?”

A adenomiose é uma doença relativamente frequente, mas pouco diagnosticada. Ela é caracterizada pela invasão do miométrio – musculatura do útero – pelo endométrio, tecido que reveste internamente esse mesmo órgão. 

Essa condição pode causar sintomas como sangramento menstrual intenso ou prolongado, cólicas fortes, dor durante a relação sexual ou, até mesmo, coágulos sanguíneos durante a menstruação. Além disso, a adenomiose pode impactar a capacidade de concepção, provocando maior dificuldade de engravidar, incluindo riscos mais altos de aborto espontâneo.

Portanto, se uma mulher diagnosticada com a doença deseja engravidar, o ideal é contar com o acompanhamento de um ginecologista. Em contrapartida, se a gravidez não estiver nos planos, também é importante tomar cuidado, porque ter adenomiose não é garantia de proteção e ela não funciona como um método contraceptivo.

Confira:

E a endometriose?

Nos últimos anos, a endometriose vem sendo caracterizada como “a doença da mulher moderna”. A condição é provocada pela implantação do endométrio – ou seja, o tecido que reveste o útero – fora da cavidade uterina. Com isso, ele pode aparecer e permanecer nas trompas, em cima do ovário, na cavidade abdominal e, até mesmo, em outras partes do corpo, o que provoca muita dor.

Na maioria das vezes, a endometriose é uma das principais causas de dor pélvica na mulher e uma das principais – senão a principal – razão para a infertilidade feminina. Segundo dados do Ministério da Saúdeuma a cada 10 mulheres entre 25 a 35 anos no Brasil sofre de endometriose, uma doença que pode afetar a qualidade de vida da mulher. 

Entre os principais sintomas da endometriose estão as cólicas fortes, que podem impedir a mulher de praticar atividades comuns, como trabalho e exercícios físicos, e as dores abdominais frequentes, que também podem ocorrer fora do período menstrual.

Esses sinais podem ser, muitas vezes, mascarados pelo uso contínuo de anticoncepcionais, o que acaba resultando em um diagnóstico tardio. Além desses, também são comuns:

  • Sangramento menstrual desregulado e intenso;
  • Fadiga e cansaço;
  • Sangramento intestinal durante o período menstrual;
  • Dores fortes durante relações sexuais;
  • Dificuldade de engravidar.
Milena Alvarez

Milena Alvarez

Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez