Tenho TDAH e muita dificuldade de me organizar; o que fazer?
Redação Publicado em 09/05/2022, às 09h00
“Doutor, tenho TDAH e muita dificuldade para focar no trabalho. O que eu posso fazer?”
O TDAH é a sigla para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, uma condição que afeta, em sua grande maioria, crianças, mas também pode persistir ao longo da vida adulta.
Ter um acompanhamento profissional – com terapia e medicamentos – é muito importante para que a pessoa diagnosticada com o transtorno consiga organizar melhor o seu dia, impedindo que isso impacte as suas condições de trabalho.
Além do acompanhamento médico, algumas dicas podem ajudar:
Identifique o horário em que você consegue focar melhor e use esse tempo para as tarefas mais difíceis e/ou trabalhosas;
Use um cronômetro para definir/limitar o tempo de cada tarefa;
Tenha sempre à mão objetos que ajudam a relaxar e que possa utilizar entre uma tarefa e outra;
Saia para caminhar por alguns minutos caso você esteja com dificuldades para se concentrar;
Evite checar seu e-mail e mensagens constantemente;
Agende reuniões semanais com seu chefe para discutir as suas metas e performance;
Pratique atividades físicas com regularidade;
Crie listas de tarefas para cada dia;
Grave a reunião caso tenha dificuldade de se lembrar de tudo;
Se você é impulsivo, procure escrever o que você quer falar para alguém em um caderno e espere alguns minutos antes de agir;
Durma bem, já que o sono insuficiente agrava os sintomas do TDAH. Para isso, é importante evitar cafeína no fim do dia e usar eletrônicos antes de ir para a cama (muito menos nela);
Fracione as refeições e procure se alimentar de forma saudável, já que muito tempo em jejum e o excesso de carboidratos podem interferir na concentração.
É comum as pessoas associarem o TDAH a crianças e a jovens, faixas de idade em que as manifestações talvez sejam mais evidentes (agitação psicomotora, inquietação, dificuldade em manter atenção na sala de aula, agressividade, entre outros).
Entretanto, os adultos também podem apresentar sintomas do transtorno, sendo que muitos nunca passaram por uma avaliação na infância ou na adolescência, o que dificulta o diagnóstico na vida adulta.
A Organização Mundial de Saúde estima que o TDAH afete 4% da população adulta mundial e que dois terços das crianças com o transtorno continuam a apresentar os sintomas depois que crescem. No Brasil, a estimativa é de que haja 2 milhões de adultos acometidos.
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