Redação Publicado em 24/02/2022, às 09h00
“Doutor, estou com um líquido branco que sai da minha vagina e tem um cheiro muito forte. Como acabar com isso?”
Nessa situação, existe a presença de um corrimento que, por ter um cheiro forte e uma aparência diferente, não é natural e, possivelmente, é provocado por algum agente infeccioso, como fungos ou bactérias.
Isso não é normal e é importante que a mulher procure um ginecologista para fazer o diagnóstico adequado e tratar essa questão.
Pelas características, a possível causa desse corrimento é um fungo chamado “Candida albicans”, responsável por provocar a candidíase. Porém, para ter certeza, a recomendação é buscar ajuda de um profissional.
Em algumas fases da vida da mulher, a lubrificação vaginal natural pode, eventualmente, passar a apresentar algumas alterações que acabam caracterizando o que chamamos de corrimento. São elas:
Tudo isso sinaliza que algo pode não estar funcionando como deveria. Nesses casos, o ideal é buscar a ajuda e opinião de um ginecologista, que vai avaliar o que está acontecendo, o que está causando o corrimento e orientar para o melhor tratamento.
Confira:
A cândida é uma espécie de fungo que causa um tipo de micose chamada candidíase. Ela é muito mais comum entre as mulheres, mas pode ocorrer nos homens também.
Todos nós normalmente temos uma certa quantidade desse micro-organismo morando em nosso organismo. Entretanto, pode acontecer de essa população de fungos crescer muito de uma hora para outra.
Vários fatores podem desencadear isso: mudanças bruscas na alimentação, consumo excessivo de álcool, uso de roupas íntimas úmidas por períodos prolongados, uso de alguns medicamentos, queda no sistema imunológico ou até estresse e cansaço.
Nas mulheres, a infecção causa um corrimento esbranquiçado e leitoso, bem como coceira, irritação e ardência na vagina e nos lábios vaginais. Nos homens, ela pode provocar vermelhidão no pênis.
Apesar de um parceiro poder contaminar o outro através da relação sexual, a candidíase não é necessariamente uma Infecção Sexualmente Transmíssivel (IST), já que ela pode ocorrer em pessoas que nunca fizeram sexo. O tratamento é feito com medicamentos de uso local ou orais, mas todos precisam de indicação médica.