Hoje existe uma cultura entre os jovens de querer parecer grande, musculoso, e postar fotos dos treinos nas redes sociais.
Vale tudo para alguns deles: horas a fio na academia, suplementos e até uso de anabolizantes, algo que, aliás, é proibido pelo Conselho Federal de Medicina.
O fenômeno tornou-se tão comum que existe um termo para descrevê-lo: “vigorexia” ou “bigorexia” (do inglês “big”, ou grande).
Em vez de namorar ou sair com os amigos, malhar e tomar shakes proteicos são o mantra dessa turma.
Como os corpos são diferentes e a genética de cada um é única, muita gente fica frustrada e angustiada por não alcançar os resultados desejados.
A questão passa a ser central na vida de alguns jovens, principalmente do sexo masculino, que passam a sofrer em busca dessa questão da imagem corporal.
É importante eles perceberem que para serem respeitados ou admirados não é preciso ser grande e forte. Em alguns casos, quando o desejo de ficar grande vira uma obsessão, uma terapia pode ajudar e muito.
Dr. Jairo Bouer
Médico psiquiatra com formação na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), biólogo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e mestre em evolução humana e comportamento pela University College London, além de palestrante e escritor. Twitter: @JairoBouerDr