Intimidade demais aumenta ou diminui o desejo? Veja o que diz um estudo

Segundo pesquisadores, quem realmente se importa com o outro e demonstra isso consegue manter acesa a "chama da paixão"

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h40 - Atualizado às 23h54

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Muitos casais percebem que o desejo sexual diminuiu bastante ao longo dos anos. Mas pesquisas científicas indicam que existem, sim, maneiras de reacender a “chama da paixão”.

Num estudo que acaba de ser publicado no Journal of Personality and Social Psychology, pesquisadores resolveram investigar se o excesso de intimidade, a longo prazo, poderia mesmo inibir, em vez de aumentar, o desejo, como muita gente acredita.

Para isso, a equipe, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, convidou 100 casais a manterem um diário durante seis semanas. Cada um tinha que relatar seu nível de desejo sexual a cada dia, bem como sua percepção sobre a receptividade do parceiro.

Os pesquisadores perceberam que, quando homens e mulheres percebem que seus parceiros são receptivos, ou se interessam pelo seu bem-estar e demonstram isso, eles se sentem valorizados, o que acaba impulsionando o desejo (especialmente o feminino).

Como receptividade não existe sem intimidade, os autores concluem que os benefícios se sobrepõem aos prejuízos. E que a intimidade pode ser muito mais importante para manter o desejo de um casal do que fazer pirotecnias durante o sexo.

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