Novos desafios das drogas

Muitas drogas, principalmente sintéticas, envolvem uma ampla rede de venda com pessoas que não se enxergam como traficantes

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h25 - Atualizado às 23h56

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2015 começou difícil! Logo no início, um brasileiro caiu acidentalmente de um prédio na região de Cancún, no México, em provável surto paranoico após ter consumido álcool e drogas. Dias depois, outro brasileiro foi executado na Indonésia, depois de 11 anos na prisão daquele país, por seu envolvimento com o tráfico de drogas.

O que essas mortes apontam? Dois extremos distintos (a punição excessiva ao tráfico e a fatalidade eventual do consumo desinformado) que não se encontram nunca, ou são duas pontas de um mesmo círculo que acaba se fechando? Aposto mais na segunda linha de raciocínio.

O tráfico só existe porque acontece o consumo. É crime na maior parte do mundo, enquanto o consumo tem recebido abordagens distintas. A facilidade de aquisição das drogas, principalmente das sintéticas, capilarizadas na população por uma ampla rede de venda de gente que não se enxerga como traficante e nem sabe ao certo o que está entregando, aumenta o risco de problemas.

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