Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h21 - Atualizado às 23h57
Guerras e violência fazem parte da história da humanidade. Povos lutam contra outros povos, desde tempos remotos, por questões territoriais, culturais, religiosas, sociais e econômicas, entre inúmeras outras. Até mesmo dentro de um grupo único, disputas por poder, amor, dinheiro, bens materiais também custam milhões de vidas ano após ano.
A violência é hoje a principal causa de mortes entre os jovens em muitos países, como o Brasil. Mas será que agredir e matar na disputa por alguma forma de poder é uma ação exclusivamente humana? Se justiça, respeito, moral e ética funcionassem de forma plena (uma utopia, claro), seríamos capazes de evitar as matanças?
Um novo estudo, publicado em setembro na revista Nature, mostra um aspecto intrigante da relação de outros primatas com a guerra. Entre nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, quase dois terços das mortes violentas decorrem de conflitos entre grupos rivais. O resultado vai contra a teoria defendida por muitos especialistas, que relaciona as disputas letais à interferência humana (perda de território, desmatamento, caça etc.).