Redação Publicado em 31/08/2022, às 18h00
“Doutor, eu me masturbo todos os dias e sinto que estou ficando viciado em pornografia. Há alguma forma de me ajudar para que eu não fique tão viciado assim?”
O melhor parâmetro que alguém pode ter é si mesmo. Quando a pessoa começa a achar que está exagerando, “passando do ponto” e deixando de fazer outras coisas para alimentar um comportamento, é sinal de que algo não está legal.
Quem sabe a hora de parar é o próprio indivíduo. Se ele está exagerando, precisa tentar diminuir, mas se está em uma frequência que não o faz mal, é importante saber administrar isso da melhor forma. Só não vale deixar um hábito, como assistir à pornografia, controlar a vida.
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Muita gente consome pornografia com frequência, por exemplo ao se masturbar. Mas quando o comportamento começa a ocupar um espaço muito grande na vida da pessoa, a ponto de atrapalhar o trabalho, o estudo e os relacionamentos, aí sim podemos falar que existe um problema e talvez pensar em procurar ajuda.
Muitas vezes, quando uma pessoa percebe que a masturbação virou um "vício", ela pode partir para a decisão de parar completamente com a prática na tentativa de resolver logo a situação. Esse é um caminho mas, em geral, o que vemos é que as pessoas não aguentam se comprometer com esse tipo de posicionamento por muito tempo.
O mais viável é que o indivíduo aprenda a se controlar. Ou seja, se ele passou – ou está passando – do limite, está exagerando, não está mais feliz com isso e a masturbação está gerando mais preocupação do que prazer, é um sinal de que é necessário moderar.
Assim, a recomendação é, em vez de tentar uma radicalização e não se masturbar mais, aprender a lidar melhor com o próprio desejo e com os estímulos que levam a esse prazer – como é o caso da pornografia. Se a pessoa estiver enfrentando dificuldades para controlar sozinha, uma boa alternativa é procurar a ajuda de um profissional de saúde mental.
Confira:
Vários estudos têm mostrado que o consumo excessivo de pornografia, principalmente pelos homens, produz uma expectativa em relação ao desempenho na cama que é totalmente descolada da realidade.
As cenas apresentadas nessas produções são de relações sexuais performáticas, que não acabam nunca, e com atores que ejaculam muito, o que faz muitos homens acharem que ejaculam pouco.
Diante disso, alguns estudos indicam que assistir a vídeos eróticos em excesso pode levar à disfunção erétil. Possivelmente, o problema está relacionado com os estímulos dos vídeos, que provocam uma dimensão exagerada da performance sexual, levam a comparações indevidas e geram ansiedade.
Outro ponto de atenção é que uma parte das pessoas desenvolve quase que uma dependência dessas produções – ou seja, só conseguem ficar excitadas ao assistirem à pornografia – o que também pode dificultar na hora H.
Então, a recomendação é estar atento e não exagerar nem no tempo e nem na quantidade de estímulos buscado nesse tipo de conteúdo. O melhor termômetro sempre é você mesmo e se achar que está exagerando, tente controlar um pouco.
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