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Acho que estou ficando “viciado” em pornô; o que eu faço?

Comportamentos que geram prazer, como consumir pornografia, podem levar à compulsão - iStock
Comportamentos que geram prazer, como consumir pornografia, podem levar à compulsão - iStock

Redação Publicado em 31/08/2022, às 18h00

“Doutor, eu me masturbo todos os dias e sinto que estou ficando viciado em pornografia. Há alguma forma de me ajudar para que eu não fique tão viciado assim?”

O melhor parâmetro que alguém pode ter é si mesmo. Quando a pessoa começa a achar que está exagerando, “passando do ponto” e deixando de fazer outras coisas para alimentar um comportamento, é sinal de que algo não está legal. 

Quem sabe a hora de parar é o próprio indivíduo. Se ele está exagerando, precisa tentar diminuir, mas se está em uma frequência que não o faz mal, é importante saber administrar isso da melhor forma. Só não vale deixar um hábito, como assistir à pornografia, controlar a vida. 

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Parar totalmente é a melhor solução?

Muita gente consome pornografia com frequência, por exemplo ao se masturbar. Mas quando o comportamento começa a ocupar um espaço muito grande na vida da pessoa, a ponto de atrapalhar o trabalho, o estudo e os relacionamentos, aí sim podemos falar que existe um problema e talvez pensar em procurar ajuda.

Muitas vezes, quando uma pessoa percebe que a masturbação virou um "vício", ela pode partir para a decisão de parar completamente com a prática na tentativa de resolver logo a situação. Esse é um caminho mas, em geral, o que vemos é que as pessoas não aguentam se comprometer com esse tipo de posicionamento por muito tempo.

O mais viável é que o indivíduo aprenda a se controlar. Ou seja, se ele passou – ou está passando – do limite, está exagerando, não está mais feliz com isso e a masturbação está gerando mais preocupação do que prazer, é um sinal de que é necessário moderar. 

Assim, a recomendação é, em vez de tentar uma radicalização e não se masturbar mais, aprender a lidar melhor com o próprio desejo e com os estímulos que levam a esse prazer – como é o caso da pornografia. Se a pessoa estiver enfrentando dificuldades para controlar sozinha, uma boa alternativa é procurar a ajuda de um profissional de saúde mental. 

Confira:

O excesso de pornô pode atrapalhar o sexo?

Vários estudos têm mostrado que o consumo excessivo de pornografia, principalmente pelos homens, produz uma expectativa em relação ao desempenho na cama que é totalmente descolada da realidade.

As cenas apresentadas nessas produções são de relações sexuais performáticas, que não acabam nunca, e com atores que ejaculam muito, o que faz muitos homens acharem que ejaculam pouco. 

Diante disso, alguns estudos indicam que assistir a vídeos eróticos em excesso pode levar à disfunção erétil. Possivelmente, o problema está relacionado com os estímulos dos vídeos, que provocam uma dimensão exagerada da performance sexual, levam a comparações indevidas e geram ansiedade. 

Outro ponto de atenção é que uma parte das pessoas desenvolve quase que uma dependência dessas produções – ou seja, só conseguem ficar excitadas ao assistirem à pornografia – o que também pode dificultar na hora H.

Então, a recomendação é estar atento e não exagerar nem no tempo e nem na quantidade de estímulos buscado nesse tipo de conteúdo. O melhor termômetro sempre é você mesmo e se achar que está exagerando, tente controlar um pouco.

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