Redação Publicado em 10/07/2021, às 10h00
O consumo responsável de álcool é marcado por alguns fatores importantes, como a quantidade de álcool ingerida, o impacto das bebidas no comportamento, no funcionamento diário e nas relações. Ou seja, o consumo responsável é aquele não nocivo, que não faz mal ao organismo.
Em algumas situações, porém, o consumo nocivo, aquele que faz mal a quem consome, pode ser um indicativo de questões relacionadas à saúde mental. Por exemplo: quem enfrenta sentimentos constantes de ansiedade pode acabar bebendo para aliviar essa ansiedade; o mesmo vale para pessoas angustiadas, tristes, desanimadas, que podem ver na bebida uma forma de aliviar essas emoções.
Segundo Jairo Bouer, beber com o fim de suprimir esses sentimentos negativos não é uma atitude considerada saudável. Isso porque, quando se utiliza a bebida como forma de aliviar sentimentos de angústia, tensão e estresse, as chances de necessitar de mais álcool e de beber de uma "forma pior" aumentam.
Confira:
Padrões repetitivos e constantes de consumo nocivo de álcool, portanto, podem indicar, de acordo com o médico, alguma dificuldade no campo da saúde mental, que merece cuidados e atenção para que não vire um problema ainda maior.
Muitas pessoas têm um consumo responsável de bebidas alcoólicas, mas, por algum motivo, como dificuldades pontuais na vida, cansaço por enfrentar a pandemia ou problemas de relacionamento, aumentam o consumo de bebidas alcoólicas para poder lidar com essas fases de dificuldade.
Nesses casos é comum que, sem que a pessoa se dê conta, o consumo aumente de tal forma que o padrão de consumo adquirido cause impactos na saúde mental. Tal aumento da ingestão pode levar a pessoa a apresentar comportamentos agressivos, de irritação e até dificuldade com o foco nas tarefas comuns, causando problemas com as pessoas próximas, no ambiente de trabalho e levando até à perda de controle das emoções, gerando agressividade.
Manter uma ingestão de bebidas alcoólicas equilibrada e responsável, portanto, leva a menores chances de impactos na saúde mental. Porém, se o padrão de consumo se torna nocivo, com exageros e abusos, há, de acordo com Jairo, uma questão de saúde mental importante e que merece atenção.
Nesses casos, a recomendação é procurar ajuda de especialistas, terapeutas e psiquiatras para avaliar o que está gerando esse quadro, tratando, assim, as condições como tristeza, ansiedade, dificuldades no relacionamento ou de lidar com a pandemia para que o consumo de bebidas alcoólicas volte a ser responsável.
Em resumo: se você notar que há um padrão nocivo de consumo, pode ser que haja por trás desse padrão alguma questão de saúde mental a ser analisada, sendo necessário redobrar a atenção com a ingestão de álcool, já que esse comportamento pode trazer mais riscos à saúde.