“Doutor, não consigo comer e já perdi sete quilos. Fico muito ansiosa, com falta de ar e dor no peito. Faz tempo que ando desanimada, procrastino e qualquer coisa me desequilibra e me faz chorar. Tenho cansaço excessivo. O que eu faço?”
Essa pergunta reflete uma situação enfrentada por muitas pessoas. Não é possível ter certeza e determinar um diagnóstico à distância, mas todos os sintomas relatados indicam que a seguidora está enfrentando alguma dificuldade na esfera da saúde mental.
Desânimo, cansaço excessivo, procrastinação e desequilíbrio emocional, tudo isso pode sinalizar um quadro de depressão, de “burnout” (estresse crônico) ou de transtorno de ansiedade, por exemplo. Além disso, a falta de ar e dor no peito também são características de uma crise de ansiedade ou ataque de pânico.
Em primeiro lugar, o ideal é procurar um suporte de um profissional de saúde mental. A recomendação é começar com uma triagem em um psiquiatra, que avaliará o que a pessoa está sentindo, há quanto tempo os sintomas estão presentes, qual o impacto de todas essas questões e pensar - junto ao paciente - nas melhores estratégias, seja psicoterapia, medicamento ou ainda a combinação de ambos.
Vale lembrar que é essencial buscar ajuda. Não adianta ficar esperando essa situação passar sozinha. Isso pode até acontecer, mas levará muito tempo e terá um custo emocional gigante para a pessoa.
Confira:
O corpo reage de forma muito específica aos sintomas da ansiedade: o organismo fica em alerta máximo, procurando por possíveis perigos e ativando suas respostas de luta ou fuga. Como resultado, alguns sintomas comuns incluem:
A ansiedade costuma responder bem aos seguintes mecanismos de enfrentamento:
Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez