Redação Publicado em 09/03/2022, às 17h00
Eliezer e Viny são vistos como uma dupla inseparável do BBB 22. Grudados desde as primeiras semanas de programa, Eli vê Viny como um grande amigo, parceiro e aliado dentro do jogo.
Entretanto, apesar de Viny dizer o mesmo, seu comportamento em algumas situações tem chamado a atenção do público, que acredita que Viny nutre um sentimento além da amizade por Eli. Seria um amor platônico?
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Jairo Bouer explica que o amor ou paixão platônica seria um amor que a pessoa nutre por alguém mesmo sabendo que esse indivíduo não vai corresponder ou que tem uma chance muito pequena de retornar esse sentimento.
Essa questão da paixão platônica é um clássico, especialmente entre os adolescentes. Às vezes, muitos passam anos apaixonados pela amiga(o), vizinha(o) ou professor(a), por exemplo. Eles têm certeza que as chances de isso acontecer são muito pequenas e mesmo assim investem e alimentam esse sentimento”, comenta.
O psiquiatra conta ainda que o amor platônico ocupa um espaço na vida da pessoa e acaba servindo como uma defesa contra um envolvimento real e concreto em uma outra relação.
Confira:
É quase como se eu me apaixono por você, sei que não vai dar certo, mas fico nutrindo esse sentimento porque, de alguma forma, eu me defendo de realmente arregaçar as mangas e falar: opa, vou atrás de alguém que pode dar certo e sofrer com todas as oscilações possíveis (frustrações e sucessos) de um relacionamento”.
Em outras palavras, essa paixão platônica pode funcionar como um escudo: a pessoa evita ou tem medo de se relacionar com outra e se sente mais confortável em alimentar uma paixão que não vai dar certo e que não tem retorno. Por outro lado, ela se protege de vivenciar situações que podem ser frustrantes.
Durante o bate-papo, é levantada a questão: será que Viny não tem medo de dizer ao amigo que está apaixonado e acabar com a amizade?
Segundo o psiquiatra, esse é outro fenômeno bastante comum: “Muitas vezes, estar apaixonado platonicamente por alguém que é seu amigo é um lugar que, de uma forma, te protege, por outro lado pode não ser tão confortável, porque a pessoa quer se declarar e avançar, mas tem medo de fazer isso e perder a amizade”.
Além disso, para Jairo, também existe um preconceito sexual em que um homem gay não pode ter um amigo que seja hétero:
Por que não? Claro que pode. A gente nunca sabe, às vezes é só amizade mesmo, talvez seja uma paixão platônica (ou não). Estar junto não quer dizer que está apaixonado, talvez esteja e talvez não, não dá para bater o martelo”.