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Me apaixonei por meu melhor amigo; será que devo “chegar junto”?

Por conta do preconceito, ainda existe receio em demonstrar interesse por pessoas do mesmo sexo - Arte
Por conta do preconceito, ainda existe receio em demonstrar interesse por pessoas do mesmo sexo - Arte

Redação Publicado em 04/03/2021, às 19h00

Estou apaixonado pelo meu melhor amigo. Tomamos banho juntos todos os dias e vejo que ele fica excitado, mas não diz uma palavra. Há risco ou espero ele chegar junto?

Essa é uma pergunta muito importante porque, em muitos momentos da vida, nós não sabemos se devemos “avançar o sinal” ou esperar a outra pessoa tomar uma atitude e se aproximar.

No caso do leitor, ele é a fim do melhor amigo, os dois tomam banho juntos e percebe que o amigo fica excitado. Esse fato, de alguma forma, aponta um desejo de ter relação sexual ou estar junto. Mas, para saber se o outro quer ter algum envolvimento romântico, se apaixonar ou se está a fim de viver uma história, é outra questão. 

Talvez seja bacana deixar claro que está interessado por ele ou, pelo menos, sugerir esse interesse. Quando existe atração por uma pessoa do mesmo gênero, infelizmente, ainda em função do preconceito da sociedade e da homofobia, ficamos com mais medo de se aproximar do outro, porque ele pode se ofender ou reagir mal. 

Muitas vezes, a pessoa pode até gostar, mas carrega um preconceito introjetado e acaba respondendo de maneira agressiva à aproximação. Então, o ideal é deixar o mais claro possível, sem ser absolutamente incisivo. Ou seja, a melhor postura não é agarrar o amigo no banho, na academia, no vestiário ou na piscina, mas conversar e sugerir que está interessado pode ser um caminho. 

Por um lado, essa estratégia permite que quem está a fim não fique parado, esperando algo acontecer – e pode não acontecer nunca. A ação pode gerar uma resposta positiva e os dois viverem uma experiência ou, ainda, a outra pessoa pode falar que não quer, e quem estava interessado  se desinteressa e acaba procurando uma nova oportunidade. 

Isso acontece na vida de todos. A vida amorosa é construída a partir de experiências, tentativas, de histórias que dão certo e outras que nem tanto. O importante é caminhar, progredir e avançar.