Redação Publicado em 17/03/2021, às 16h52
O envolvimento entre a atriz Carla Diaz e o educador físico Arthur Picoli no BBB21 está dando o que falar. Isso porque é perceptível um investimento emocional diferente em que a Carla aparece muito mais a fim. Inclusive, Arthur até já confidenciou para outros participantes da casa que, para ele, existe um limite e, caso este seja ultrapassado, é arriscado demais e não fará o investimento. No fim das contas, Arthur está pensando muito mais no jogo do que na história do relacionamento.
Entretanto, essa situação é semelhante e lembra muitos relacionamentos que grande parte das pessoas já teve ao longo da vida ou que, pelo menos, passou perto de vivenciar. Nesses casos, um dos dois está muito mais envolvido e o outro, por sua vez, tem um envolvimento parcial e, talvez, esteja obtendo algum tipo de benefício com aquela relação.
Apesar de perceber quando estamos muito envolvidos, que o relacionamento tem tudo para não dar certo ou notamos alguns sinais, mesmo assim existe uma dificuldade de assimilar esses indícios porque há o desejo de manter a relação a todo custo.
Essa atitude pode ocorrer por diversos motivos, como por insegurança, questões de autoestima, medo de ficar sozinho ou porque realmente acredita naquela paixão. Muitas vezes, até imaginamos que o amor que sentimos fará o outro mudar o seu jeito de ver a relação, o que nem sempre é verdade.
Esses relacionamentos muito assimétricos, em que uma parte investe e está envolvida muito mais do que a outra, é uma relação que pode ser bastante complicada. Primeiramente porque esse contexto permite algumas situações de abuso, visto que a outra pessoa percebe que o parceiro, ou parceira, está mais fragilizado, e acaba manipulando uma série de circunstâncias para manter o controle sobre o que está acontecendo.
Por outro lado, essas relações também podem mostrar a criação de uma espécie de dependência emocional, na qual a pessoa não consegue se imaginar sem o outro. Nesse momento, deve ocorrer a seguinte pergunta: quem é mais importante nessa história toda – você ou aquela pessoa em quem você está depositando toda essa carga de emoção?
Então, é muito importante, em qualquer relacionamento, perceber se ambas as partes têm o objetivo igual, se estão a fim de ter o mesmo envolvimento e fazer o mesmo investimento emocional, tudo isso precisa ser levado em consideração.
No caso do BBB21, a impressão é que a Carla está muito mais envolvida e a fim, e o Arthur está mais preocupado em jogar do que em ter uma relação amorosa ou afetiva ali dentro.
Às vezes, fora da casa mais vigiada do Brasil e na vida real, apresentamos dificuldades de perceber o que está acontecendo, de interpretar os sinais que o outro está dando, de prestar atenção nos amigos e nas pessoas ao nosso redor que contam sobre suas percepção em relação ao que está acontecendo.
Então, acabamos “anulando” todas essas informações para poder viver aquela história. Mas, muitas vezes, não percebemos que estamos vivendo essa relação sozinhos e que o parceiro, ou parceira, não dá o mesmo investimento emocional para o relacionamento.
Para terminar, vale refletir sobre o que está acontecendo dentro da casa. Seria bom que a Carla percebesse, mas também é importante que o público faça esse exercício e seja capaz de notar quando se está bem em uma relação, e quando se quer ver coisas que não existem no relacionamento. Será que vale a pena mesmo?