Redação Publicado em 07/12/2021, às 10h00
Já é conhecimento geral que o álcool traz alguns riscos ao corpo, como o impacto no fígado, mas será que ele também mexe com a saúde mental? Jairo Bouer bateu um papo com o psiquiatra Bruno Branquinho para falar sobre isso.
Bruno explica que por ser uma droga lícita, o acesso ao álcool é muito grande e qualquer um – acima dos 18 anos – pode comprá-lo. Além disso, o álcool é muito normalizado. Se a pessoa quiser tomar uma cerveja ou um vinho durante a semana, depois do trabalho, isso não vai ser visto com um olhar recriminador, por exemplo. Logo, muita gente acaba usando isso como um escape para se sentir melhor, o que leva a um consumo exagerado de álcool. “A maior parte das pessoas que se viciaram em álcool começaram bebendo recreativamente”, ressalta Bruno.
Veja também
Por fim, também vale destacar que há quem, geneticamente, tenha maior propensão ao vício.
Segundo Bruno, pode ser difícil para a pessoa entender que ela está com um problema. “Muitas vezes, as pessoas de fora percebem antes da gente”, diz ele. A dica, então, é analisar se está havendo sofrimento ou prejuízo. Se o consumo de álcool estiver afetando a saúde, o trabalho ou as relações, por exemplo, pode ser um indicativo de problema. Nesse caso, o ideal é procurar um especialista para pedir ajuda.
Além da dependência, o consumo exagerado de álcool pode aumentar as chances de ter outros transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Contudo, o contrário também pode acontecer, ou seja, a ansiedade pode fazer com que a pessoa beba mais.
“Às vezes a pessoa usa o álcool como um aliviador de angústia e, à medida que faz isso muitas vezes e não trata o transtorno mental, isso pode aumentar a chance de desenvolver dependência”, explica Bruno.
Veja a entrevista completa: