Seguidor conta ainda que durante muito tempo foi viciado em pornografia e em masturbação
Redação Publicado em 08/04/2022, às 15h00
“Doutor, tenho 22 anos e sempre demorei para ejacular, agora com a minha namorada, e isso está causando uma insegurança nela. Durante muito tempo fui viciado em masturbação e pornografia, mas estou saindo desse vício. Tem algo que eu possa fazer para não demorar tanto?”
Provavelmente, a demora para ejacular é um resultado da ansiedade e a insegurança da parceira pode aumentar ainda mais esse sentimento. Em situações como essa, a melhor coisa a ser feita é tentar relaxar e ir para a cama sem tantas pressões.
Uma boa opção é mostrar para a namorada o que é bom, quais ações ajudam a acelerar a ejaculação e o que dá ou não mais prazer. Além disso, se acha que está exagerando no consumo de pornografia e na masturbação, reduza um pouco ambas as práticas para controlar melhor o tempo até a ejaculação.
Muitas vezes, quando uma pessoa percebe que a masturbação ou a pornografia virou um "vício", ela pode partir para a decisão de parar completamente com a prática na tentativa de resolver logo a situação. Esse é um caminho mas, em geral, o que vemos é que as pessoas não aguentam se comprometer com esse tipo de posicionamento por muito tempo.
O mais viável é que o indivíduo aprenda a se controlar. Ou seja, se ele passou – ou está passando – do limite, não está mais feliz com isso e o comportamento está gerando mais preocupação do que prazer, é um sinal de que é necessário moderar.
Assim, a recomendação é, em vez de tentar uma radicalização e não se masturbar mais, aprender a lidar melhor com o próprio desejo e com os estímulos que levam a esse prazer, como é o caso da pornografia. Se a pessoa estiver enfrentando dificuldades para controlar sozinha, uma boa alternativa é procurar a ajuda de um profissional de saúde mental.
Confira:
Vários estudos têm mostrado que o consumo excessivo de pornografia, principalmente pelos homens, produz uma expectativa em relação ao desempenho na cama que é descolada da realidade.
As cenas apresentadas nessas produções são de relações sexuais performáticas, que não acabam nunca e com atores que ejaculam uma quantidade alta, o que faz muitos homens acharem que ejaculam pouco.
Diante disso, alguns estudos indicam que assistir a vídeos eróticos em excesso pode apresentar alguma disfunção erétil. Possivelmente, o problema está relacionado aos estímulos dos vídeos, que provocam uma dimensão exagerada da performance sexual, levam a comparações indevidas e geram ansiedade.
Outro ponto de atenção é que algumas pessoas desenvolvem uma dependência dessas produções – ou seja, só conseguem ficar excitadas ao assistir pornografia – o que também pode dificultar na "hora H".
Então, a recomendação é não exagerar nem no tempo e nem na quantidade de estímulos buscados nesse tipo de conteúdo. O melhor termômetro sempre é você e, se achar que está exagerando, tente controlar um pouco.
Uma pessoa não precisa usar apenas a pornografia para se sentir excitada. Algumas alternativas incluem:
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