Nem todo mundo tem acesso a informações adequadas sobre sexualidade desde cedo
Dr. Jairo Bouer Publicado em 24/06/2023, às 16h00
Escolas têm discutido muito pouco sobre sexualidade. Além disso, muitos pais também sentem dificuldade em conversar sobre esse tema com seus filhos. Conclusão? Falta informação de qualidade para o jovem, que pode ter impacto na sua vida futura.
Reunimos, aqui, algumas informações sobre sexualidade que podem ser úteis para muita gente:
Desejo sexual “normal” não existe. Cada um tem o seu, e isso pode mudar ao longo da vida. Tem gente que quer fazer sexo todo dia, uma vez por semana ou por mês, e isso muda ao longo da vida. Hormônios, estresse, preocupações, estilo de vida, qualidade do relacionamento e outros fatores podem interferir nisso.
É muito importante poder conversar com o(a) parceiro(a) e com seus amigos sobre sexualidade. Isso naturaliza as discussões e torna mais fácil falar sobre o assunto.
Cada um tem a sua fantasia. Elas podem ser colocadas na mesa, discutidas e, se ambos estiverem de acordo, que tal testar e ver se essa fantasia colabora para melhorar a vida sexual?
Cada vez mais a gente percebe que os jovens experimentam, têm curiosidades. Então é importante que cada um tome conta do seu desejo e possa vivenciar suas experiências. Tudo bem um menino querer ficar com uma menina, depois ficar com vontade de ficar com um menino? Tudo bem. Essa fluidez é natural, ainda mais nessa fase da vida.
Não existe só o relacionamento monogâmico, em que você está com seu namorado, ou sua namorada, e vai ser assim pelo resto da vida. Outras possibilidades são possíveis – você pode ficar com alguém sem necessariamente ter um vínculo afetivo, as pessoas podem ter relações não monogâmicas e por aí vai. O importante é que todo mundo esteja de acordo com aquilo que está acontecendo.
É importante entender que o abuso de redes sociais e de aplicativos de encontros pode influenciar o seu padrão de comportamento e sua relação com o(a) parceiro(a). Cuidado para que essas tecnologias não atrapalhem, mais do que ajudem, a sua vida sexual.
E a melhor forma de prevenção é aquela com a qual você consegue se adaptar. Tem gente que vai usar camisinha a vida inteira e tudo bem. Outras pessoas podem ter dificuldade em se adaptar ao uso do preservativo, e aí é necessário conversar com o médico, e conversar com parceiros, sobre outras formas possíveis de prevenção.
Espero que essas dicas ajudem a sua vida sexual hoje e no futuro!
Este conteúdo é uma parceria com Tarja Rosa.
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