Doutor Jairo
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Ejaculo muito mais rápido quando assisto à pornografia; e agora?

Comportamentos que geram prazer, como consumir pornografia, às vezes geram compulsão - Arte
Comportamentos que geram prazer, como consumir pornografia, às vezes geram compulsão - Arte

Redação Publicado em 13/12/2022, às 21h00

“Doutor, quando me masturbo sem ver pornografia, demoro basante tempo para ejacular. Mas, se assisto a um vídeo, chego bem rápido ao orgasmo. O que fazer?”

Uma pequena variação de tempo até a ejaculação dependendo do estímulo recebido é algo considerado natural. Além disso, existem também aqueles dias em que o homem está mais animado – e irá ejacular mais rápido –, e outros nos quais ele está mais cansado e estressado, por exemplo, o que pode levar a uma demora maior. 

Porém, nesse caso, o leitor parece estar insatisfeito com o tempo necessário para atingir o orgasmo com ou sem o estímulo pornográfico, ou seja, um está demorando muito e o outro está rápido demais. 

Para chegar a um meio termo, ninguém melhor que a própria pessoa para calibrar essa questão. Uma alternativa, por exemplo, seria assistir a um pouco de pornografia, mas não o tempo todo, talvez o suficiente para gerar um estímulo e conseguir chegar ao orgasmo em um tempo médio. Outra possibilidade é o indivíduo procurar exercitar as próprias memórias e pensamentos para ter um tempo de ejaculação um pouco mais rápido. 

O contrário também é possível, ou seja, mesmo com a pornografia, o homem pode “treinar” aumentar o seu tempo de ejaculação. Como fazer isso? Quando perceber que está próximo de ejacular, ele diminui o estímulo, bem como a frequência e a intensidade da masturbação, para conseguir calibrar melhor o tempo.

Essas noções e controles acontecem à medida que vamos ficando mais velhos, temos mais experiências e lidamos melhor com os estímulos - e isso vale tanto para a masturbação, quanto para as relações sexuais.  

O excesso de pornô pode atrapalhar o sexo?

Vários estudos têm mostrado que o consumo excessivo de pornografia, principalmente pelos homens, produz uma expectativa em relação ao desempenho na cama que é totalmente descolada da realidade.

As cenas apresentadas nessas produções são de relações sexuais performáticas, que não acabam nunca, e com atores que ejaculam muito, o que faz muitos homens acharem que ejaculam pouco. 

Confira:

Diante disso, alguns estudos indicam que assistir a vídeos eróticos em excesso pode levar à disfunção erétil. Possivelmente, o problema está relacionado com os estímulos dos vídeos, que provocam uma dimensão exagerada da performance sexual, levam a comparações indevidas e geram ansiedade. 

Outro ponto de atenção é que uma parte das pessoas desenvolve quase que uma dependência dessas produções – ou seja, só conseguem ficar excitadas ao assistirem à pornografia – o que também pode dificultar na hora H.

Então, a recomendação é estar atento e não exagerar nem no tempo e nem na quantidade de estímulos buscado nesse tipo de conteúdo. O melhor termômetro sempre é você mesmo e se achar que está exagerando, tente controlar um pouco.

Outras alternativas para se excitar

Uma pessoa não precisa usar apenas a pornografia para se sentir excitada. Algumas alternativas incluem:

  • Ler histórias eróticas, que incorporam muitas das mesmas fantasias, mas carecem de pessoas reais e imagens visuais, potencialmente aliviando as preocupações de algumas pessoas sobre pornografia;
  • Trocar textos explícitos ou e-mails com um parceiro para compartilhar fantasias e despertar o interesse;
  • Planejar sessões de sexo para incorporar mais elementos das fantasias de cada parceiro,
    elaborando preliminares mais extensas de modo que cada parceiro tenha tempo para ficar excitado.