Seguidora quer saber se ela precisa fazer uso da pílula do dia seguinte
Redação Publicado em 23/10/2022, às 11h00
“Doutor, o meu namorado encostou o pênis na minha vagina sem penetração e sem ejaculação. Engravida? Preciso tomar pílula do dia seguinte?”
Não, o risco não existe nessa situação. Como não houve ejaculação e nem penetração, não é preciso se preocupar. Em relação à pílula do dia seguinte, também não é necessário fazer o uso dela. Nesse caso, a menina apenas estaria colocando hormônios em excesso dentro do próprio corpo de forma desnecessária, já que não existem chances de gravidez.
Para evitar uma possível gravidez, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível (apesar do nome, não é preciso esperar o dia seguinte), pois a sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo.
Assim, o ideal é que a pílula do dia seguinte seja tomada nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual, período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas (ou três dias) após a relação suspeita. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.
Alguns estudos indicam que as taxas de eficácia das pílulas do dia seguinte podem ser um pouco mais baixas para mulheres com sobrepeso ou obesidade.
Conclusão: mesmo quando tomada de forma correta, a pílula do dia seguinte apresenta uma margem de falha e não garante 100% de proteção. Portanto, é aquela velha história: melhor prevenir do que remediar.
Confira:
De acordo com o Ministério da Saúde, as principais indicações para o uso da pílula do dia seguinte são:
A pílula do dia seguinte é um método conhecido por grande parte das mulheres para evitar uma gravidez indesejada. Entretanto, é um método de emergência e seu uso deve ser exceção e nunca a regra.
A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar maiores problemas para além do sangramento, como irregularidade menstrual, dores de cabeça, náuseas, vômitos, desconforto no estômago e tonturas.
A recomendação, quando a mulher começa a repetir o uso da pílula do dia seguinte, é procurar um ginecologista que ofereça opções de métodos contraceptivos que deem maior segurança. As pílulas anticoncepcionais convencionais, por exemplo, contêm menores dosagens de hormônios, causam menos efeitos colaterais e são mais eficazes. Também há outras formas de administração, como adesivos, injeções ou implantes para quem costuma esquecer de tomar a pílula.
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