Estar só ou sentir-se solitário: qual a diferença?

“Estou me sentindo só” ou “estou me sentindo solitário” são frases que podemos escutar normalmente por aí. Mas será que elas querem dizer a mesma coisa ou há alguma diferença? Será que a solidão faz mal para a saúde?

O “estar só”

Ficar ou viver só não, necessariamente, significa que a pessoa é solitária ou está enfrentando uma solidão. Muitas pessoas ficam muito bem quando estão em sua própria companhia.

Entretanto, isso também não quer dizer “estar sozinho no mundo”. A pessoa mantém conexões, está ligada com o que está acontecendo ao seu redor e interage, mesmo não morando com alguém ou não tendo uma parceria. Assim, estar só é diferente de estar solitário.

A solidão 

Muita gente prefere viver só e se sente muito bem dessa forma. O problema surge quando esse sentimento é involuntário e causa impressões de vazio e de abandono. A pessoa solitária pode ter questões com a saúde mental que incomodam, apresentando, inclusive, um risco maior de depressão.

Portanto, se você vive só e está bem, ótimo. Porém, se você sente solidão e isso está te fazendo mal, é importante buscar apoio, como de um psicólogo, ou das pessoas com quem você tem algum nível de relação.

Quem vive solitário pode ter o sistema imunológico prejudicado, tendo risco maior de desenvolver infecções; a pressão sanguínea pode ficar mais alta, assim como os músculos e a circulação sanguínea podem sofrer com esse impacto negativo, com esse estresse. Já o cérebro pode ficar menos ativo, podendo levar a uma perda cognitiva, por exemplo", fala Jairo Bouer.

Confira:

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Como lidar com a solidão?     

A solidão tem sido associada ao risco mais alto de doenças como demência, depressão, diabetes, entre outras.  Por isso, veja algumas dicas para lidar melhor com o sentimento:

1. Foque no que dá para mudar

Ter uma rotina, arrumar o quarto, fazer exercícios, ter uma dieta saudável e dormir bem são hábitos que podem ser moldados e que aumentam o bem-estar geral, diminuindo o sentimento de solidão e aumentando o de autocuidado. 

2. Não espere os outros 

Tome você a iniciativa de se conectar. Faça uma chamada de vídeo com quem você gosta, busque uma atividade coletiva (mesmo que seja on-line) e se esforce para interagir.

3. Devagar com as redes sociais

Parece que todo mundo tem companhia menos você? Lembre-se sempre que as plataformas não refletem a realidade. Se surgirem emoções negativas, diminua o uso. 

4. Saia para caminhar

Os benefícios das atividades ao ar livre para o nosso humor já foram comprovados cientificamente. Se sentir solidão, que tal uma caminhada pelo bairro?

5. Não deixe de pedir ajuda

Nem sempre é fácil mudar pensamentos e emoções por conta própria. Procurar amigos, grupos de autoajuda ou, até mesmo, um profissional de saúde mental pode fazer toda a diferença.