Herpes genital e estresse: tem alguma relação?

“Doutor, desde os 17 anos tenho um ou dois episódios de herpes genital todos os anos, mas, depois que eu mudei de trabalho, vivo estressada e esse ano já tive herpes seis vezes. Tem relação? Como evitar?”

Realmente existe uma relação direta entre o estresse e as crises de herpes. Essa condição, tanto a labial como a genital, é provocada por um vírus, conhecido como herpes vírus, que infecta as pessoas.

De 80 a 90% dos brasileiros já entraram em contato com esse organismo, que pode ou não se manifestar. Ele fica latente nas terminações nervosas que estão próximas ao local de infecção e, quando a pessoa enfrenta uma situação em que há queda de imunidade, como um quadro infeccioso, exposição excessiva ao sol, trauma ou estresse, o herpes pode ganhar terreno e voltar a se revelar.   

Assim, no caso da seguidora, após mudar de trabalho, ela pode estar mais estressada, ansiosa e talvez com alguns sintomas emocionais. Tudo isso parece estar dando um certo espaço para que o herpes se manifeste com mais frequência.

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O que pode ser feito?

Do ponto de vista medicamentoso, é fundamental procurar ajuda médica, dermatologista ou infectologista, para discutir o caso. Provavelmente, nesta situação, o profissional irá recomendar o uso do antiviral por um tempo prolongado, fazendo com que aumente o intervalo entre as crises ou diminua a duração delas. 

Ou seja, mesmo sem estar com lesões, a pessoa precisará fazer uso do remédio por mais tempo para resolver essa questão. O antiviral não acabará completamente com as infecções, mas vai torná-las mais curtas e espaçadas.

Por outro lado, do ponto de vista emocional, seria importante aprender a lidar melhor com o estresse. Controlando esse sentimento e a ansiedade, o organismo enfrentará o herpes vírus melhor. Técnicas de meditação, relaxamento e psicoterapia podem auxiliar e dar ferramentas para manejar melhor o estresse.