Métodos contraceptivos naturais são formas de evitar a gravidez sem o uso de medicamentos ou dispositivos como a camisinha ou diafragma. Eles se baseiam na observação do corpo da mulher e do ciclo menstrual para prever o período fértil.
Os métodos contraceptivos naturais são formas de evitar a gravidez, sem o uso de medicamentos ou dispositivos como a camisinha ou diafragma. Eles se baseiam na observação do corpo da mulher e do ciclo menstrual para prever o período fértil.
Embora eles sejam 100% naturais e não utilizem hormônios, trazem algumas desvantagens, já que são menos eficazes e não previnem ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
A contracepção natural requer muita disciplina, já que a mulher tem que observar cuidadosamente seu corpo todos os dias, deve conhecer bem seu ciclo menstrual e deve evitar relações sexuais durante o período fértil.
Claro que hoje existem aplicativos de celular que fazem parte do trabalho, mas é você que precisa estar no controle das anotações! É importante, também, acompanhar o funcionamento do seu corpo durante um período maior de tempo, assim você consegue entender seus próprios padrões e ter mais informações sobre o que afeta o seu ciclo.
No melhor cenário, o ideal seria utilizar a combinação de diferentes métodos naturais para garantir menor risco de falha. Quer conhecer alguns deles? Vamos lá!
O método da tabelinha consiste em evitar relações sexuais no período fértil. Deve-se calcular início e fim do período fértil, com base no calendário menstrual. Mulheres com ciclo regular podem confiar mais no método. A ovulação acontece 14 dias antes da data da próxima menstruação. Assim, três dias antes dessa data até três dias depois é o período de maior risco, o chamado período fértil.
O método da temperatura corporal basal, se baseia na variação de temperatura do corpo da mulher, que pode aumentar até 2ºC na ovulação. A mulher tem que verificar a temperatura todos os dias pela manhã, antes de se levantar. Nos dias mais férteis, em que a temperatura está mais elevada, deve-se evitar relações sexuais. Vale lembrar que há outras causas para elevação da temperatura basal, como, por exemplo, uma febre por causa de uma infecção.
O método do muco cervical se baseia na observação do muco vaginal. Logo após a menstruação, a vagina fica mais seca, e na ovulação ocorre produção de um muco cristalino, meio transparente, sem odor, e elástico, semelhante à clara de ovo.
A presença desse muco indica que a mulher está fértil e não deve ter relação sexual desde o primeiro dia do aparecimento do muco e até três dias após parar o muco. A mulher deve colocar dois dedos no fundo da vagina e analisar a cor e a elasticidade do muco. Vale lembrar que infecções vaginais podem alterar esse muco, e que algumas mulheres ovulam sem produzir esse muco característico. Entender como seu corpo funciona, portanto, é fundamental.
O método implica no homem retirar o pênis da vagina no momento da ejaculação, limitando as chances do espermatozoide atingir o óvulo. Lembrar que durante as preliminares e mesmo antes de ejacular, o pênis pode libera o líquido pré-ejaculatório, que já pode conter espermatozoides.
Além disso, é necessário que o homem tenha auto-controle e saiba o momento exato em que está prestes a ejacular para tirar o pênis da vagina. Este método tem baixa eficácia e oferece menos autonomia para pessoas do sexo feminino, além de interromper um momento muito íntimo do casal.
Se você está usando um método natural e começa a enfrentar dificuldades em segui-lo com disciplina, talvez o melhor seja conversar com seu ginecologista para pensar em uma possível troca para um método hormonal ou ainda adotar o uso de camisinha, assim a eficácia aumenta, e a pessoa se protege das ISTs.
E ai? Gostou desse vídeo? Ficou com mais alguma questão? Se ficou, escreve para a gente e lembre-se: procure um ginecologista com quem você se sinta confortável, tendo todo o suporte necessário, sem julgamentos, e com o máximo de acolhimento.
Este conteúdo é uma parceria com a Oya Care
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Dr. Jairo Bouer
Médico psiquiatra com formação na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), biólogo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e mestre em evolução humana e comportamento pela University College London, além de palestrante e escritor. Twitter: @JairoBouerDr