Jairo Bouer falou sobre o desânimo que pode surgir nessa fase da vida
Redação Publicado em 27/10/2022, às 14h00
“Perdi a vontade de viver quando entrei na menopausa”. Este foi um dos comentários recebidos durante uma live do psiquiatra Jairo Bouer com a jornalista Fabiana Scaranzi sobre a menopausa. De acordo com Jairo, essa sensação de “perder a vontade de viver” pode ser um sintoma depressivo:
O que caracteriza a depressão? Vamos ficando tristes, perdendo o ânimo para fazer qualquer coisa, temos menos disposição, a vida perde o encantamento e há uma tristeza profunda. Às vezes, também existe impaciência, cansaço, irritação e alterações de sono e apetite. Tudo isso pode levar a um quadro de depressão”, explicou.
O psiquiatra comentou ainda que com apenas um comentário é impossível traçar um diagnóstico de depressão para a seguidora, mas que é importante procurar entender qual o impacto que essa sensação está provocando em sua vida.
O primeiro passo é conversar com alguém. Se não está confortável em falar com uma amiga, com a rede de apoio ou uma parceria, busque um suporte profissional. Pode ser apenas um período de adaptação devido ao início da menopausa, mas se for depressão, também não é preciso ter vergonha nenhuma; 20% das pessoas enfrentam a depressão em algum momento da vida, uma doença altamente limitante, incapacitante, que prejudica a qualidade de vida e o bem-estar. Por isso, é importante procurar ajuda”, finalizou.
Antes de chegar na menopausa, a mulher já entra no climatério. Ou seja: as mudanças começam algum tempo antes da última menstruação e incluem uma série de sintomas, que variam de acordo com cada uma.
Confira:
Alguns desses sintomas têm a ver com a vida sexual. Muitas mulheres sentem uma diminuição da lubrificação vaginal devido às alterações da mucosa do revestimento interno da vagina, o que pode tornar a relação sexual mais difícil, dolorosa ou desconfortável.
É comum, também, que a mulher passe por alterações emocionais nesse período do climatério, que podem levar a uma piora do desejo sexual, como: ficar mais irritada, ter dificuldades para dormir, desenvolver sintomas depressivos e labilidade (oscilações emocionais).
A primeira coisa a se fazer é cobrar menos e ter mais paciência com quem está deprimido. É importante, de alguma forma, mostrar estar ali ao lado, dando apoio e ajudando no que for preciso.
Caso a pessoa esteja com dificuldade de procurar terapia, por exemplo, é importante facilitar esse caminho. Assim como, se ela não quiser tomar o remédio que tenha sido recomendado pelo psiquiatra, é fundamental reforçar a importância de se cuidar.
No fim das contas, é estar ao lado, mostrar-se disponível para dividir afeto e carinho, além de não cobrar a pessoa o tempo inteiro e, muito menos, negar o que ela está sentindo.
Como a menopausa interfere no sono e no metabolismo?
Xô, tabu! Por que precisamos falar sobre a menopausa?
Ansiedade pode virar depressão?
A depressão é genética? Psicólogas esclarecem