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Pode fazer sexo anal todos os dias?

Se houver pressa na hora do sexo anal, o ânus pode se contrair e a pessoa sentir muita dor - iStock
Se houver pressa na hora do sexo anal, o ânus pode se contrair e a pessoa sentir muita dor - iStock

Redação Publicado em 18/07/2021, às 15h00

Durante uma live no Instagram com a apresentadora Penelope Nova, Jairo Bouer recebeu a seguinte pergunta: “Pode fazer sexo anal todos os dias?”. De acordo com o psiquiatra, a rigor – e para quem curte – é possível ter esse tipo de prática diariamente, mas é importante também tomar os devidos cuidados. 

O ânus não tem a mesma lubrificação da vagina. Então, é fundamental que o casal use lubrificação adicional à base de água ou silicone. Isso facilita a penetração e evita qualquer desconforto em quem está recebendo a prática”, explicou. 

Fazer demais aumenta as chances de hemorroidas?

Não, fazer sexo anal com muita frequência não eleva o risco de desenvolver hemorroida. Mas, para quem já tem, eventualmente pode apresentar algum tipo de complicação, por exemplo, uma trombose hemorroidária. Assim, fica mais difícil ter esse tipo de relação sexual, porque a pessoa sente muita dor e desconforto.  

Por essa e outras razões, explicou Jairo, o ideal é sempre usar o lubrificante para ajudar na penetração e não esquecer do preservativo: "O uso da camisinha é para evitar as infecções sexualmente transmissíveis (IST). Porém, para quem não for utilizar sempre, é fundamental fazer testagem periódica e a PrEP por causa do HIV”. 

Confira:

O mais importante é não ter pressa

Quando o assunto é sexo anal, é preciso “muita calma nessa hora”. Isso porque o ânus é um orifício que tem dois músculos circulares: o esfíncter interno e o externo. Um é possível controlar, relaxar e contrair, já no outro a contração é involuntária.  

No caso do sexo anal, se a pessoa for com “muita sede ao pote”, pode acontecer a chamada contração reflexa, provocando muita dor e desconforto em quem está recebendo. 

Assim, é preciso ter calma e ir devagar no início da relação. “A galera que vai muito rápido, muito afoita, passa do primeiro esfíncter, mas esbarra no segundo e, nesse caso, o desconforto e a dor são muito grandes”, disse Jairo.