Sexo anal: ejacular dentro pode causar alguma doença?

Doutor, na relação anal, a ejaculação interna pode causar alguma doença ou algum tipo de dano? 

No sexo anal, o ideal é usar sempre camisinha e lubrificante à base de água. O preservativo tem a função de evitar as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o lubrificante é uma forma de facilitar a penetração e impedir qualquer tipo de lesões ou machucados. 

Caso o casal opte por não utilizar a camisinha, é fundamental fazer testes regulares, além de seguir alguma terapia de prevenção complementar, como a PrEP, que é a profilaxia pré-exposição ao HIV, o vírus causador da Aids. Nesse método, a pessoa toma um comprimido (que na verdade é uma combinação de dois antivirais) de forma preventiva, para evitar se infectar com o vírus.

O que fazer para não ter problemas?

Muitas pessoas relatam experiências dolorosas ou têm medo de sentir dor ao fazer sexo anal. Mas por que esse tipo de relação sexual tem essa fama relacionada à dor em vez de prazer?

O ânus realiza o que chamamos de contração reflexa. Por ser uma região muscular, como qualquer outro músculo, executa os movimentos de dilatação e contração, permitindo que exista a abertura para as fezes saírem. Tudo isso nada mais é que um mecanismo fisiológico. 

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Portanto, em momentos como esse, é muito importante não ter pressa. Caso contrário, se houver pressa, a região pode se contrair e a parceira ou parceiro sentir muita dor.

Veja algumas dicas de como evitar possíveis problemas durante e depois da relação, tornando o sexo anal um momento mais prazeroso. 

1. Muita calma nessa hora 
   É fundamental ir devagar na hora do sexo anal. Isso porque a região do ânus é formada por tecidos musculares que podem tanto dilatar como contrair. Então, o ideal é ir aos poucos para vencer a barreira da contração reflexa. 
   
   
2. Sem relaxamento, sem sexo
   Ambos devem estar a fim e de acordo. Se a pessoa se sentir pressionada, ela provavelmente não vai relaxar. E, sem isso, fica muito difícil fazer sexo anal. 
   
   
3. Não esqueça o preservativo
   Use sempre camisinha. O ânus é uma região do corpo contaminada com muitos micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. Por isso, se o casal faz sexo sem preservativo, há risco aumentado de infecção.
   
   
4. Gosta de variar? Mude a camisinha também
   É importante lembrar que é preciso um preservativo diferente para cada parte do corpo: se o casal está fazendo sexo anal e decide mudar para o vaginal, ou vice-versa, é necessário parar e trocar a camisinha para evitar que os micro-organismos de uma região do corpo sejam levados para outra, aumentando o risco de infecções.
   
   
5. Lubrificante como aliado
   Escolha sempre um lubrificante à base de água. Nada de sabonete, hidratante, condicionador, azeite, óleo ou manteiga, todas essas opções podem danificar a camisinha e trazer outros problemas, como alergia e irritação. Eles estão disponíveis nas farmácias e geralmente ficam ao lado dos preservativos  

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