Seguidor enfrenta problemas de saúde e não sabe como lidar com as dificuldades sexuais
Redação Publicado em 19/10/2022, às 21h00
“Doutor, sou sedentário, hipertenso, diabético e tenho colesterol elevado. Sempre tive ejaculação precoce e há algum tempo enfrento disfunção erétil. Não tomo remédio para a ereção. Com parceira nova, como fazer?”
Enfrentar diversas questões de saúde também pode afetar a vida sexual. A disfunção erétil, por exemplo, pode ser, em parte, consequência de um conjunto de fatores (nesse caso, açúcar elevado, pressão alta e colesterol em taxas mais altas). Tudo isso pode impactar a saúde dos vasos sanguíneos e dificultar uma ereção.
Para começar, seria importante mudar alguns hábitos de vida, como praticar exercícios físicos regularmente, fazer visitas periódicas a profissionais de saúde, bem como controlar e checar com mais frequência os fatores em questão para minimizar os riscos à saúde sexual.
Além disso, para alguns homens que enfrentam disfunção erétil de causa orgânica, o uso dos facilitadores de ereção pode ser bastante útil. Seria válido discutir o uso desse tipo de medicamento com um médico, porque para tomá-lo é essencial fazer uma avaliação completa da saúde cardíaca e de outros remédios utilizados para que uma coisa não interfira na outra.
Em relação à ejaculação precoce, por ser algo presente há um bom tempo, talvez com uma redução de ansiedade, o homem consiga melhorar essa questão. Uma boa opção é conversar com um terapeuta, procurar entender qual a razão para esse sentimento e como isso está impactando a vida sexual.
Com a parceira nova, é essencial “abrir o jogo”, dividir com ela algumas das dificuldades enfrentadas e mostrar que está cuidando da saúde, assim o relacionamento consegue fluir melhor, de forma mais saudável e prazerosa para ambos.
Veja a seguir seis estratégias que podem auxiliar na resolução de algumas das dificuldades mais comuns:
Cada pessoa pode definir o sexo de maneiras diferentes e muitas ficam com uma visão restrita sobre; ou seja, só levam em consideração a penetração como “sexo de verdade”. Porém, uma pesquisa publicada no Journal of Sex Research mostrou que pessoas com visões limitadas do que constitui o sexo tendem a ser menos satisfeitas sexualmente, especialmente à medida que envelhecem.
Por isso, ter um olhar mais amplo para o sexo permite um número maior de oportunidades de prazer e conexões, principalmente se a pessoa não estiver no clima para ter uma relação sexual com penetração. Além disso, explorar outras formas de sexo pode beneficiar a vida íntima.
Os brinquedos sexuais são uma maneira bastante útil de adicionar uma dose de novidade à rotina “entre quatro paredes”, podendo ajudar uma pessoa a lidar melhor com dificuldades relacionadas à perda do interesse ou do desejo sexual, por exemplo.
Além disso, esses objetos também podem auxiliar na resolução de outros problemas, como o orgasmo prematuro. Através da prática, é possível desenvolver um melhor controle ejaculatório, além da exploração do próprio corpo, permitindo saber quais tipos de estímulos mais agradam.
Confira:
Muitas das dificuldades sexuais são provocadas por pensamentos distraídos que impedem de desfrutar das sensações sentidas naquele momento. Uma forma de lidar com essa questão é através da prática do mindfulness ou atenção plena (em português). Em outras palavras, é sobre tentar estar no momento e prestar atenção nas sensações corporais que o sexo proporciona, sem julgá-las.
Algumas pesquisas mostram que pessoas que prestam atenção a detalhes tendem a ser mais satisfeitas sexualmente porque passam mais tempo definindo questões importantes, como o ambiente (escolher a música que vai ficar tocando ou preencher o quarto de velas, por exemplo), o que pode promover relaxamento e excitação.
Porém, vale lembrar que é importante equilibrar o detalhismo com o estar presente, afinal, se uma pessoa está muito atenta aos detalhes e tentando deixar tudo “perfeito”, pode ser mais difícil relaxar e desfrutar da experiência.
Pesquisas descobriram que os chamados exercícios de kegel – atividades para fortalecer os músculos do assoalho pélvico – podem beneficiar tanto mulheres como homens em uma ampla gama de dificuldades sexuais.
No caso das mulheres, os benefícios incluem a melhoria do funcionamento sexual, como o aumento da libido, o alívio da dor durante a relação sexual, bem como a capacidade de alcançar o orgasmo com mais facilidade. Já para os homens, esses exercícios podem trazer melhorias nas ereções e maior controle ejaculatório.
Lembre-se que é importante garantir que os exercícios sejam feitos de maneira correta e de forma consistente e, por isso, o ideal é contar com a orientação de um profissional.
Estudos também já mostraram que mulheres e homens com imagem corporal negativa tendem a experimentar mais problemas sexuais. Esse fato é explicado pela maior chance de se distraírem nos pensamentos. Por exemplo: “será que minha parceria me acha atraente?".
É essencial tentar encontrar maneiras de construir ou de fortalecer a autoestima e a autoconfiança, pois elas são capazes de ajudar a lidar melhor com possíveis dificuldades sexuais e de potencializar o sexo.
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