“Doutor, tenho 13 anos e me masturbo. É normal? O que isso pode causar de coisas ruins na minha vida? É pecado?”
Masturbar é algo totalmente natural. A masturbação não traz nenhum prejuízo ou risco para a vida da pessoa, desde que ela não “passe do ponto” e acabe exagerando.
Além disso, do ponto de vista da ciência e da medicina, não existe pecado. Para algumas religiões, essa é uma questão a ser discutida, mas quem sabe o que é melhor para a vida de cada um é o próprio indivíduo. E mesmo em famílias religiosas, a maior parte dos homens se masturba com frequência.
Existem muitos mitos sobre a masturbação. Mesmo que a maioria tenha sido desmascarada, eles parecem ressurgir de tempos em tempos, mesmo não havendo evidências que os comprovem. A masturbação NÃO causará:
Alguns casais temem que o relacionamento seja insatisfatório se um deles se masturbar; isso também é um mito. A maioria dos homens e mulheres continua a se masturbar sozinhos ou juntos quando estão em um relacionamento, e muitos acham isso uma parte agradável do relacionamento. Um estudo descobriu que as mulheres que se masturbavam tinham casamentos mais felizes em comparação com aquelas que não faziam isso.
Com a masturbação o indivíduo pode explorar o próprio corpo e conhecer as formas de obter prazer. Assim, quando for ter uma relação sexual, o caminho para uma experiência boa e prazerosa fica bem mais fácil.
Além disso, a masturbação, assim como outras atividades sexuais que levam ao prazer sexual ou ao orgasmo, desencadeia a liberação de hormônios e de substâncias químicas envolvidas com o chamado "sistema de recompensa do cérebro" que, por sua vez, leva a diversos benefícios para a saúde:
Estresse e ansiedade reduzidos: a liberação de oxitocina pelas atividades sexuais parece diminuir os hormônios do estresse, como o cortisol, ao mesmo tempo que promove o relaxamento. A prolactina também ajuda a regular respostas ao estresse.
Melhora do sono: a masturbação libera hormônios e neurotransmissores para ajudar a reduzir o estresse e a pressão arterial ao mesmo tempo que relaxa, o que pode facilitar o adormecimento. Um estudo de 2019 descobriu que havia uma percepção clara de resultados de sono favoráveis associados ao orgasmo. Muitos entrevistados sentiram que a masturbação ajudou a reduzir o tempo que levavam para adormecer.
Dor reduzida: as endorfinas são os analgésicos naturais do corpo. Os endocanabinoides também são conhecidos por ajudarem a regular os processos de dor e inflamação. Esses analgésicos naturais também podem ajudar a aliviar a dor menstrual. Um estudo de 2013 descobriu que a atividade sexual leva ao alívio parcial ou completo das enxaquecas e algumas cefaleias em salvas.
Melhora da função imunológica: a masturbação aumenta os níveis de prolactina e endocanabinoides, que ajudam a regular o sistema imunológico. Eles também aumentam os hormônios e neurotransmissores que reduzem o estresse.
Humor melhorado: a masturbação pode aumentar os níveis hormonais associados a um humor positivo, como dopamina, oxitocina e endorfinas.
Melhora do foco e da concentração: ao aumentar os níveis de hormônios e neurotransmissores envolvidos na aprendizagem, memória e motivação.
Melhora da autoestima: a masturbação pode aumentar os níveis de adrenalina. Pesquisadores associam níveis mais elevados de adrenalina salivar e urinária a níveis mais elevados de crescimento pessoal ou senso de propósito de vida. Aprender a como dar prazer a si mesmo também pode fortalecer e melhorar a imagem corporal.
Melhora da função sexual: muitos dos hormônios e neurotransmissores envolvidos no ciclo de resposta sexual humana ajudam a regular esse próprio ciclo, promovendo a liberação de compostos estimulantes em níveis mais elevados.
Cognição melhorada: a prolactina tem um efeito neuroprotetor, reduzindo o dano neural em resposta ao estresse. A dopamina também parece contribuir para a cognição saudável.
Pressão arterial reduzida: a oxitocina e os endocanabinoides também podem ajudar a reduzir a pressão arterial.
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