Redação Publicado em 16/12/2022, às 18h00
“Doutor, minha namorada tem uma menstruação desregulada, às vezes troca de data e às vezes não vem. No último mês, a gente transou com preservativo e a ejaculação foi fora. Além disso, eu chequei se o preservativo estava inteiro e estava tudo em ordem. Aliás, eu sempre faço isso. Só que a menstruação está atrasada há uns dois ou três dias. Tem risco de gravidez?”
Se o casal sempre faz relação sexual com camisinha, o homem ejacula fora do canal vaginal e ainda checa se o preservativo não sofreu nenhum tipo de dano durante o sexo a chance de gravidez é muito baixa. Vale lembrar que a menstruação pode estar atrasada pelos mais diversos fatores, além de a menina já apresentar uma tendência a ter essa irregularidade.
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Para encontrar o óvulo, o espermatozoide precisa estar envolto em um conjunto de líquidos chamado sêmen – ou esperma – e esse fluido deve ser depositado dentro do canal vaginal.
Sendo assim, só há duas maneiras de engravidar: ejaculação dentro da vagina sem nenhum tipo de proteção – homem estando sem cueca, a mulher sem calcinha e ambos não usarem nenhum método contraceptivo, por exemplo – ou se a mulher ou o homem introduzirem os dedos sujos de sêmen dentro do canal vaginal.
Existe um pequeno risco, ainda, de algum espermatozoide escapar no líquido pré-ejaculatório caso o homem tenha tido uma relação ou masturbação recente. É por isso que dizemos que coito interrompido não é um método seguro para evitar gravidez.
A camisinha, usada regularmente desde antes da penetração e retirada logo após a ejaculação, é um método bastante eficiente de prevenção de gravidez.
Caso ocorra algum acidente, há a possibilidade de utilizar a pílula do dia seguinte. Se, no futuro, o casal quiser adicionar uma camada a mais de proteção, vale o uso de um anticoncepcional. Nesse caso, o ideal é consultar um ginecologista.
Confira:
Quando a menstruação atrasa, muitas pessoas já consideram um sinal de gravidez, mas nem sempre esse é o caso. Confira outros motivos possíveis que podem levar a um atraso no ciclo:
Uma perda significativa de peso e exercícios intensos podem fazer com que a menstruação atrase ou nem aconteça. Estar abaixo do peso ou ter uma relação de gordura corporal baixa pode alterar os níveis de hormônios reprodutivos, diminuindo-os para níveis em que a ovulação e a menstruação não ocorrem. Uma mulher que não teve uma ou várias menstruações após perder uma quantidade significativa de peso deve realizar uma consulta médica e nutricional para obter a quantidade adequada de vitaminas, minerais e nutrientes.
Assim como a redução de peso pode fazer com que a mulher perca a menstruação, o excesso de peso também pode afetar o ciclo menstrual. A obesidade e a ausência de menstruação, às vezes, podem indicar que a mulher tem uma condição médica, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Por isso, é importante que a pessoa seja corretamente diagnosticada. Assim, é possível realizar exames de sangue ou um ultrassom para examinar os ovários e ter certeza de que nenhuma condição médica subjacente está causando a perda de menstruação.
A SOP é um dos distúrbios hormonais mais comuns entre as mulheres em idade reprodutiva. Embora os sintomas variem, aquelas que têm SOP tendem a ter níveis hormonais anormais, o que pode causar o desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários, acne, excesso de pelos faciais e corporais, calvície de padrão masculino e obesidade. Menstruação irregular ou ausente também é característica comum dessa condição. As mulheres que suspeitam de SOP devem realizar uma consulta médica para avaliação. Se não for tratada adequadamente, a ausência de menstruação durante os anos férteis pode causar câncer de endométrio.
Alguns tipos de anticoncepcionais, principalmente os métodos hormonais, podem fazer com que a mulher não menstrue. Normalmente, o anticoncepcional fornece uma forma de estrogênio combinada com progesterona por um determinado período de tempo, seguido por vários dias sem hormônio. A retirada desses hormônios desencadeia a menstruação.
No entanto, às vezes, esses hormônios mantêm o revestimento do útero tão fino que não há revestimento suficiente para causar a menstruação. Isso se aplica a todas as formas de anticoncepcionais, incluindo pílulas, adesivos, injeções, implantes e anéis. Na maioria dos casos, isso não é prejudicial, mas as mulheres devem buscar ajuda médica se houver dúvidas sobre seu método anticoncepcional.
Alguns hormônios, como a prolactina ou os hormônios da tireoide, podem fazer com que a mulher perca a menstruação. Se um desequilíbrio hormonal for responsável por uma menstruação atrasada, ele pode ser facilmente detectado com um exame de sangue. A causa desses desequilíbrios hormonais precisa ser investigada em consulta médica. Alguns desequilíbrios hormonais são um problema comum decorrente de histórico familiar. Em muitos casos, tomar medicamentos pode ajudar a menstruação a voltar ao ciclo normal.
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