Grande estudo revela que ser humilhado no emprego aumenta em 46% a tendência a desenvolver a doença
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h50 - Atualizado às 23h53
Não são apenas crianças e adolescentes que sofrem com as consequências do bullying. Um grande estudo revela que ser humilhado por colegas no ambiente de trabalho aumenta em 46% o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2.
A pesquisa, divulgada no jornal britânico Daily Mail, contou com 46 mil pessoas da Dinamarca, Suécia e Finlândia, que foram acompanhadas por 11 anos. Desse total, 9% tinham sido alvo de humilhações e um em oito participantes enfrentou ameaças ou agressões físicas – em geral vindas de clientes ou pacientes.
Estudos feitos nos Estados Unidos, porém, indicam que quase 20% dos trabalhadores já foram vítimas de bullying no emprego.
Segundo os pesquisadores, da Universidade de Copenhague, as mulheres são ainda mais vulneráveis ao risco de desenvolver diabetes por causa do bullying que os homens – para elas, o aumento registrado foi de 61%, enquanto para eles ficou em 36%.
Já enfrentar algum tipo de violência física ou ameaça gerou um risco 26% maior para ambos os sexos.
De acordo com os pesquisadores, o bullying leva à liberação de hormônios do estresse que podem interferir no metabolismo e na regulação do apetite, fazendo a pessoa buscar alimentos que geram conforto emocional, como doces ou itens gordurosos.
Outros trabalhos da mesma equipe já sugeriram que o medo de perder o emprego e longas jornadas de trabalho também elevam o risco de diabetes.