Levantamento no Reino Unido indica que mulheres têm carência de sete dos oito minerais essenciais e a culpa seria da internet
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h55 - Atualizado às 23h53
Será que uma rede social é capaz de gerar uma epidemia de desnutrição? É o que sugere uma pesquisa financiada pelo governo britânico. A maioria das mulheres na faixa dos 25 anos de idade está com carência de minerais essenciais, como potássio magnésio e cobre, sem contar outras deficiências que já eram frequentes nessa idade, como de ferro e cálcio. Para os pesquisadores, a culpa é da internet, que tem incentivado medidas como a exclusão de alimentos de origem animal, glúten, laticínios ou grãos.
A Pesquisa Nacional de Dieta e Nutrição, realizada na Inglaterra, contou com dados de 3.238 adultos. A análise mostrou que a mulher média daquele país tem falta de nada menos que sete dos oito minerais essenciais. O homem médio está só um pouco mais saudável, e apresenta níveis abaixo da média de cinco deles. As deficiências podem causar fadiga, enfraquecimento do sistema imunológico, ossos frágeis, problemas musculares e até infertilidade. As informações foram divulgadas no jornal britânico Daily Mail.
Uma outra pesquisa recente, da Universidade College London, associou o uso do Instagram à ocorrência mais alta de transtornos alimentares como a ortorexia, que é a obsessão por alimentação saudável. Essas pessoas passam cortam grupos alimentares por completo, e tendem a exagerar também nos exercícios. Assim como a anorexia, existe uma tendência a rituais, perfeccionismo, pensamentos intrusivos e isolamento social.
Embora a ortorexia ainda não seja oficialmente reconhecida como transtorno alimentar, uma pessoa que tenha deficiências nutricionais por causa desse tipo de comportamento ou sinta que a obsessão traz sofrimento deve buscar ajuda. Terapia e reeducação alimentar podem ajudar bastante. Claro que ter uma alimentação saudável é importante, mas viver em função disso pode limitar muito a vida de alguém.