Seus jantares andam sem graça? Tente desligar o smartphone

Usar o aparelho durante um jantar não só deixa sua companhia chateada, como também faz com que você se divirta menos

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h52 - Atualizado às 23h53

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Crédito: Fotolia

Um estudo canadense confirma o que muita gente já desconfiava: smartphones são ótimos para conectar as pessoas, mas eles devem ser deixados de lado na hora das refeições. Pesquisadores descobriram que usar o aparelho durante um jantar não só deixa sua companhia chateada, como também faz com que você se divirta menos.

O trabalho foi conduzido por psicólogos da Universidade de Columbia Britânica, no Canadá. Eles pediram para mais de 300 pessoas marcarem um jantar com amigos e familiares em um restaurante. Os participantes foram aleatoriamente escolhidos para manter o smartphone na mesa ou para deixar o aparelho longe do alcance durante a refeição. Depois, todos responderam a questionários sobre a experiência. Além disso, eles foram monitorados sem saber durante o jantar.

Os celulares na mesa deixaram os participantes mais distraídos, o que reduziu o prazer relatado após o jantar – em uma escala de sete pontos, eles ficaram com cerca de meio ponto a menos em relação ao grupo que ficou sem o smartphone. Os “conectados” também relataram sentir mais tédio, algo que surpreendeu os pesquisadores.

Em um segundo experimento, com mais de 100 pessoas, os participantes tiveram que responder a pesquisas cinco vezes ao dia para descrever o que estavam fazendo e como estavam se sentindo nos 15 minutos anteriores à abordagem. Os resultados apontaram o mesmo padrão: as interações pessoais dos que usavam o smartphone o tempo todo foram descritas como menos prazerosas.

Nas conclusões publicadas no Journal of Experimental Social Psychology, os autores observam que todos os estudos sobre felicidade indicam que as interações face a face são extremamente importantes para o nosso bem-estar. Aprender a desligar o smartphone ao conversar com alguém pode fazer toda a diferença.

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